ANÁLISE: Mesmo após vitória, Palmeiras volta para casa com ‘lição’ e vê Artur cada vez mais encaixado

Verdão bateu o Cerro Porteño em Assunção, mas teve uma boa amostra dos cuidados que precisa tomar na temporada

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Artur parecer ser a peça que faltava para o Palmeiras de Abel Ferreira (Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

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O Palmeiras deu um passo enorme rumo às oitavas de final da Libertadores ao bater o Cerro Porteño-PAR, fora de casa, por 3 a 0. O resultado foi mais do que justo diante do cenário do jogo e do que as equipes apresentaram, mas definitivamente o Verdão volta para casa com uma boa lição do que precisa evitar daqui para frente na temporada. Além disso, está cada vez mais claro que Artur era a peça que faltava para Abel Ferreira montar seu time "ideal" de 2023.

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Antes mesmo do duelo, era bem óbvio que o grande favorito era o Alviverde. Quem pensasse o contrário seria considerado um lunático, mesmo com a dificuldade que o Cerro impôs no Morumbi. Ainda assim, como o próprio Abel disse em sua coletiva, a expulsão (justa) precoce de Báez acabou facilitando o trabalho palmeirense, que mesmo com 11 contra 11 venceria o confronto sem maiores problemas.

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Mas até Artur marcar o bonito gol que abriu o placar, o Palmeiras cansou de tomar decisões erradas que dificultaram a jornada em Assunção. Depois que a bola balançou a rede, a porteira vai abrir, certo? Errado! O Verdão seguiu desperdiçando chances e brincando com o azar, com uma concentração bastante abaixo do normal e até fazendo um jogo pouco inteligente tendo um jogador a mais. Não é exagero dizer que se o adversário fosse melhor, teria empatado e até virado tamanha a falta de interpretação da partida.

E veja bem, não há no parágrafo anterior uma crítica ao técnico Abel Ferreira, mas sim ao próprio time, que já tinha cometido erros parecidos diante do Santos, quando empatou em 0 a 0. Assim como diante do Bragantino, diante do Tombense... Todos jogos em que havia o favoritismo, em que as condições eram claras para a vitória e ela não veio por oscilações injustificáveis durante a partida. Quando alguém diz que o Palmeiras perde para ele mesmo, é exatamente por conta de situações como essa. O futebol não costuma perdoar quem não "mata" os jogos.

Além dos três pontos e dessa lição, o Verdão traz na bagagem uma certeza cada vez maior sobre Artur. Jogador "da casa" e muito comprometido em vingar finalmente em seu clube de coração, ele parece estar jogando no time há muito mais tempo do que os quase dois meses em que ele está trabalhando com a comissão técnica de Abel Ferreira. São cinco gols em 11 jogos desde o seu retorno, média de praticamente um a cada duas partidas.

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No entanto, não é somente isso que transforma Artur em uma peça cada vez mais encaixada ao "modelo Abel Ferreira". A forma com que parte em velocidade nos contra-ataques, com que dá opção na ponta e com que se aproxima das peças como Rony e Veiga já seriam motivos suficientes para conquistar o treinador, mas ele ainda ajuda a defesa e trabalha firme na recomposição. Fatores que garantem sua vaga no 11 ideal e arrancam sorrisos de satisfação do comandante português.

- Nas melhores equipes do mundo, todos atacam e todos defendem. Eu não ensinei nada para ele, estamos trabalhando há dois meses, é dos treinadores anteriores dele. Eu só disse "joga", ele conhece o clube, conhece a casa, tem aquilo que nós gostamos, ataca, defende, cruza, faz gols… - declarou Abel ao elogiar Artur depois da partida em Assunção.

Depois desses dois gols e do papel tático que tem realizado jogo após jogo, é difícil imaginar que Artur saia do time. É possível praticamente cravar que ele é o 11º jogador que Abel procurava desde a saída de Scarpa desse 11 ideal. É claro que volante Danilo ainda não tem exatamente um substituto, mas Zé Rafael já havia se encaixado como o "5". Artur parece ser a peça que faltava para o treinador lapidar sua obra.

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