Martinelli, o pupilo do Arsenal revelado pelo Ituano que vive um sonho na Seleção Brasileira Olímpica

De um início avassalador nos Gunners a uma sequência de lesões, Martinelli aposta todas suas fichas na Olimpíada para o sonho de chegar à Seleção principal

Gabriel Martinelli - Seleção Brasileira
Martinelli estreia nesta quinta-feira em sua primeira Olimpíada (Lucas Figueiredo/CBF)

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Em 20 de agosto de 2016, data da icônica e primeira medalha de ouro conquistada pela Seleção Brasileira no futebol, Gabriel Martinelli tinha apenas 15 anos. Cinco anos depois, aos 20, o atacante já viveu um bocado dentro do futebol. Revelado pelo Ituano, o jovem deixou a simpática cidade de Itú, no interior paulista, para jogar e se destacar no londrino Arsenal. Nesta quinta-feira, o jovem estreia na Olimpíada de Tóquio diante da Alemanha, às 8h30 (de Brasília), no Estádio Internacional de Yokohama.

A vaga na Seleção Olímpica é pautada na ascensão meteórica do jovem na Inglaterra. Em sua primeira temporada no Arsenal, foram sete gols nos sete primeiros jogos. Não satisfeito, Martinelli foi artilheiro dos Gunners na Liga Europa ao lado do já consagrado Aubameyang.

Além disso, tem seu nome marcado no Stamford Bridge, tradicional casa do rival Chelsea. Em 2020, percorreu mais de 60m e deixou N’Golo Kanté no chão antes de concluir com classe e empatar o clássico de Londres.

O início avassalador foi interrompido por uma grave lesão no joelho que o afastou dos gramados por mais de seis meses e do restante da temporada do Arsenal. Recuperado, Martinelli conversou com o L! e traçou suas expectativas para sua primeira Olimpíada.

Segundo o jogador, o sentimento é de dever cumprido em sair do Ituano e participar dos Jogos Olímpicos.

- Eu me sinto muito orgulhoso de sair do Ituano e, hoje, poder jogar uma Olimpíada. Também serve para muitos meninos não desistirem de seus sonhos. Mesmo em um time de menor expressão, você pode sonhar alto e alcançar – completou.

Convocado em 2019 para participar da preparação para a Copa América, Martinelli se acostumou a dividir campo com estrelas como Neymar, Aubameyang e Lacazette. Para o garoto, esse cenário favorável é fruto das decisões que tomou ao decorrer da breve carreira.

- Acho que meu planejamento de carreira foi muito bem traçado e, graças a Deus, deu certo. Vou dar o meu melhor na Olimpíada e, quando voltar para o Arsenal, continuar me dedicando para conseguir uma oportunidade na seleção principal. Isso representa muito para mim e para minha família. Sempre sonhei jogar pelo Brasil. Vai ser um sonho disputar esses Jogos em Tóquio – declarou.

Questionado sobre a pressão de defender o ouro olímpico conquistado em 2016, Martinelli desdenha da responsabilidade de trazer a medalha novamente para o Brasil.

- Quando você veste a camisa da seleção, sempre tem esse peso. Temos um ótimo time e tenho certeza de que vamos dar o nosso melhor para ser campeão outra vez. Tenho certeza de que o povo brasileiro vai torcer muito por nós e vamos nos doar 100% para levar mais esse ouro para o nosso país – disse.

Na fase de grupos do torneio, a Seleção Brasileira enfrenta logo de cara a Alemanha, na reedição da final olímpica do Rio. Avançando, ainda pode enfrentar Argentina ou Espanha. Martinelli destacou que ‘não existe essa de escolher adversário quando se joga pelo Brasil’.

Ainda no tema estreia, o grupo de Jardine inicia a caminhada em busca do ouro justamente no estádio Estádio Internacional de Yokohama, palco do pentacampeonato mundial brasileiro. Em 2002, Gabriel Martinelli ainda não podia esperar que se tornaria um dos jovens atacantes com mais potencial no futebol.

- É um sonho poder jogar num estádio onde o Brasil foi pentacampeão, e contra a Alemanha, uma seleção muito forte. Espero que a gente possa conseguir fazer uma excelente partida e começar com o pé direito o torneio - concluiu.

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