Ana Sátila analisa final da Canoagem Slalom em Tóquio: ‘Sem a penalidade, ficaria em quarto lugar’

A canoísta ficou em último lugar na final do C-1 da canoagem slalom na Olimpíada

Ana Satila
Canoísta sofreu e chorou com a derrota na decisão (Foto: Charly TRIBALLEAU / AFP)

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Depois de ficar em último lugar na final de Canoagem Slalom na categoria C-1 na madrugada da última quinta-feira (29), Ana Sátila saiu da água emocionada e frustrada com o erro na porta 7, onde levou uma penalidade de dois segundos, além de não ter passado pela porta 22, ganhando 50 segundos de punição no percurso.

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Com as punições, Sátila terminou com 164s71, no último lugar entre as 10 finalistas da categoria dos Jogos Olímpicos. Ela desabafou após o revés e comentou as dificuldades durante a preparação para Tóquio. 

- Acho que eu ainda não sei o que eu estou sentindo, passei por muita coisa, muita dificuldade. Há três meses antes dos jogos, eu não tinha um treinador, não tinha as coisas bem definidas na minha carreira, ainda. E eu lutei todos os dias, dei meu melhor cada dia. Foi uma decepção muito grande, tive que voltar, consegui classificar na final. Uma penalidade me deixou bem abaixo e, sem a penalidade, pelo jeito que terminou, estaria em quarto lugar. Muito triste você treinar tanto, se dedicar tanto todos os dias e, no final, não ter o que você espera. Mas quero pegar os pontos positivos e melhorar a cada dia. - disse Sátila, em entrevista ao 'SporTV'. 

Só de estar entre as finalistas da canoagem slalom, Ana, de 25 anos, já fez história, pois realizou algo jamais atingido por um atleta brasileiro em Jogos Olímpicos. Revendo sua trajetória, ela ainda não digeriu tudo o que aconteceu:

- Na verdade, eu preciso sentar com calma, depois dessa temporada louca, com pandemia, com tudo. Primeiramente, eu preciso rever tudo que eu fiz para chegar até aqui. Se eu tiver um apoio legal para seguir em frente, um técnico de verdade, aí eu vou poder focar nessa temporada que é muito mais curta e poder focar para Paris. Mas é muito difícil dizer, ainda. Sou muito nova, mas passei por muita coisa. É muito difícil estar se reerguendo. O atleta vive muito mais de derrotas. Então, ter que superar isso é muito difícil, ainda mais quando você se dedica. Agora, eu só quero olhar para a frente. - analisou.

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Sobre a torcida brasileira, ela falou tanto sobre o apoio quanto da visibilidade que o esporte está ganhando só de estar presente nesses Jogos Olímpicos:

- Eu sempre tive muito apoio, principalmente da minha família. Quando você está desbravando uma modalidade, é muito difícil, você tem que ultrapassar barreiras que nem consigo descrever. O apoio do COB, da federação, de todos os meus patrocinadores, é muito importante para mim. E eu sei que, independente do meu resultado, vou voltar para o abraço da minha mãe e do meu pai e vai ser muito acolhedor, completou.

Veja abaixo o quadro de medalhas dos Jogos Olímpicos de Tóquio:

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