Etiene Medeiros é campeã mundial nos 50m costas em Budapeste

Brasileira bate chinesa Yuanhui Fu por apenas um centésimo e torna-se a primeira mulher do país a ganhar medalha de ouro no Campeonato Mundial de esportes aquático

Etiene Medeiros - Mundial de natação
(Foto: MARTIN BUREAU / AFP)

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Etiene Medeiros entrou para a história da natação brasileira ontem ao se tornar a primeira mulher do país campeã mundial em piscina longa. Ela ganhou o ouro nos 50m costas no Mundial de Esportes Aquáticos de Budapeste (HUN) por apenas um centésimo.

A nadadora cravou o tempo de 27s14, novo recorde das Américas, contra 27s15 da chinesa Fu Yuanhu, campeã mundial da prova em Kazan-2015. Aliaksandra Herasimenia, de Belarus, marcou 27s23 e ficou com a medalha de bronze.

– Que prova! Acho que tive várias pessoas ao meu lado para essa prova. Foi uma temporada diferente, estava relaxada desde o início do ano. Fiquei um pouco nervosa na hora, mas foi engraçado, todas as nadadoras me desejavam boa sorte. Estou muito feliz! Foi por pouco, ela (Fu Yuanhu) é uma ótima adversária. Muito obrigada mesmo – disse a brasileira ao canal SporTV logo após a conquista inédita.

Aos poucos, Etiene vem construindo resultados cada vez mais expressivos, sempre de forma pioneira. A carreira começou a decolar em 2008, quando ela se tornou a primeira brasileira a ir ao pódio em Mundiais, com a prata nos 50m costas do Mundial Júnior. Em 2014, foi a primeira mulher do país medalhista e campeã do Mundial em piscina curta, com a medalha de ouro nos 50m costas em Doha (QAT).

Em 2015, a nadadora levou o primeiro ouro feminino da história do país em Jogos Pan-Americanos, com o título dos 100m costas em Toronto (CAN). Dias depois, foi vice-campeã dos 50m costas no Mundial de piscina longa de Kazan (RUS). Foi a primeira medalha feminina do país na história do evento. No ano passado, em Windsor, no Canadá, ela foi bicampeã mundial em piscina curta.

– Depois da Olimpíada, resolvemos dar uma refrescada, um intervalo um pouco maior, porque foi um ciclo muito intenso. Depois fizemos a opção de priorizar as provas de 50, que foi um risco, pois tínhamos um trabalho muito bom nas de 100, mas ela estava a fim de bancar e eu, pelo que conheço da capacidade dela, sabia que iria administrar bem – disse o técnico Fernando Vanzela, que está com ela há mais de cinco anos.

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