Diretor da natação pede demissão da CBDA um mês após ser anunciado

Leonardo Castro alega divergência de ideias na condução da gestão da entidade, que vive grave crise financeira. Quatro meses após anunciar acerto com os Correios, nada foi feito

Miguel Cagnoni
Miguel Cagnoni sofreu nova baixa na CBDA (Foto: Satiro Sodré/SSPress/CBDA)

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Anunciado há cerca de um mês como novo diretor executivo da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), Leonardo Castro pediu demissão após desentendimentos com o presidente Miguel Cagnoni. A informação foi divulgada nesta terça-feira pelo site Globo Esporte e confirmada pela entidade.

O ex-nadador, que assumiu o cargo com objetivo de fazer um diagnóstico detalhado da situação financeira da confederação, não conseguiu colocar em prática suas ideias. Ele afirmou que o motivo principal da saída foi uma divergência de ideias na condução da gestão da entidade". 

Quando anunciado, Leonardo prometeu observar se havia metas e objetivos traçados na CBDA e, caso não existissem, traçá-los para que a entidade tivesse uma forma única de lidar e se comunicar de forma interna.

Uma das preocupações da CBDA ao contratar Castro era resolver pendências que travam a renovação do contrato com os Correios. O acerto entre as partes foi anunciado em fevereiro, mas, passados quatro meses, não se concretizou, por falta de documentação. A confederação está impedida de receber repasses da Lei Agnelo/Piva, devido à falta de prestação de contas da gestão anterior.

No ano passado, a entidade já havia perdido o diretor-geral Renato Cordani, um dos principais apoiadores de Cagnoni nas eleições presidenciais. Ele reclamou de falta de transparências nas ações da diretoria.

Em meio aos problemas políticos e financeiros, a CBDA tem sido salva pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB), que arca com os custos para manter os principais atletas do país em ação e nos principais eventos do calendário.

Veja a nota da CBDA sobre a saída do dirigente

Leonardo Castro não é mais o diretor executivo da CBDA. O profissional, que ficou cerca de um mês no cargo, pediu desligamento nesta segunda-feira (11). A função deve ser preenchida em breve.

A CBDA ressalta que as modalidades administradas pela entidade já são geridas pelos seus supervisores, que são de total confiança da presidência da Confederação e não dependem da diretoria executiva para dar continuidade ao trabalho de desenvolvimento dos esportes.

O presidente da CBDA, Miguel Carlos Cagnoni, agradeceu a contribuição de Leonardo, mesmo que no pouco período à frente da diretoria executiva.

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