Diante da crise, cresce o movimento dos atletas por Tóquio 2021

Em meio a pandemia de coronavírus, o triatleta espanhol Fernando Alarza e o nadador brasileiro Nicholas Santos pediram, em suas redes sociais, o adiamento das Olimpíadas

Nicholas Santos conquistou a prata nos 50m borboleta
Nicholas Santos foi um dos atletas que aderiu o movimento #Tokyo2021 (Foto: Divulgação/FINA)

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A pressão sobre o Comitê Olímpico Brasileiro (COI) só aumenta e cresce o movimento dos atletas pelo adiamento das Olimpíadas de Tóquio para 2021. Ao longo da semana, diversos desportistas, confederações e comitês apoiaram a causa e alegaram que a preparação já foi prejudicada em virtude dos regimes de quarentena imposto pelos países como forma de evitar o contágio do novo coronavírus (COVID-19).

Dessa forma, a hashtag #Tokyo2021 ganhou as redes sociais e o apoio geral, sobretudo dos atletas. Entre eles, os nadadores brasileiros Nicholas Santos e Etiene Medeiros, assim como o triatleta Fernando Alarza e o competidor de provas de velocidade do atletismo Bruno Hortelano, ambos espanhóis. 

Com isso, neste domingo, o Conselho Executivo da entidade cedeu à pressão, e estipulou o prazo de um mês para definir sobre uma possível mudança na data de início das Olimpíadas. A decisão aconteceu após a pressão dos atletas em reunião emergencial.

Antes da pressão, o comitê não admitia a possibilidade de adiamento dos Jogos e alegava não ter necessidade de tomar medidas drásticas no momento. Neste sentido, no sábado, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) emitiu um comunicado em defesa ao adiamento do evento para 2021, nas mesmas datas, entre 24 de julho e 9 de agosto.

Em virtude disso, o nadador Nicholas Santos aderiu ao movimento #Tokyo2021 e pediu, em suas redes sociais, que o COI reavalie sua decisão. Para o nadador, a entidade não deve pensar daqui a 4 meses, mas sim avaliar o atual momento em que vive a população mundial diante da doença.

- Não se trata de como as coisas serão daqui 4 meses. Mas sim, como as coisas estão nesse momento no Brasil e no mundo. Postergar os Jogos Olímpicos, certamente será a solução. Todo mundo já sabe disso. Em momentos de crise, lideranças mais contundentes se fazem necessárias! - afirmou o nadador.

A nadadora pernambucana Etiene Medeiros também criticou a decisão do COI e afirmou que devem focar na saúde dos atletas, olhar para o próximo, e modificar o planejamento do evento.

- O COI manteve os Jogos Olímpicos. É um ano que representa muito para nós atletas de alto rendimento. Eu não sou a favor. O mundo grita para uma outra situação, focada na saúde. Nosso planejamento está sendo recuado. Muita gente sem piscina e sem poder treinar, ou seja, sem conseguir seguir os planos de treinamento. Não cabe a mim decidir, mas sim falar sobre. Quanto mais a gente se unir e olhar para o próximo, vamos passar por essa - comentou Etiene.

Na Espanha, o triatleta Fernando Alarza também defendeu, em sua rede social, a mudança na data de início dos Jogos Olímpicos de Tóquio e pediu o apoio dos atletas a iniciativa.

- Vários atletas começaram com está iniciativa, você vai nos ajudar? #Tokyo2021 - comentou o atleta. 

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