Daniel Dias fatura segundo ouro e Brasil faz pódios triplos no Parapan

Após triunfar nos 50m costas no domingo, campeão paralímpico vence os 50m livre S5 com sobras. País já soma 121 medalhas e se mantém na liderança, à frente dos Estados Unidos

Daniel Dias (Foto: Ale Cabral/CPB)
Daniel Dias tem dois ouros no Parapan de Lima e 29 medalhas douradas na história dos Jogos (Foto: Ale Cabral/CPB)

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Com mais um ouro de Daniel Dias e um pódio triplo, o Brasil somou novos resultados positivos na natação nos Jogos Parapan-Americanos de Lima, nesta segunda-feira, e ajudou a engordar a conta de medalhas do país no evento. Até o momento, são 121, sendo 41 ouros, 39 pratas e 41 bronzes.

A delegação verde e amarela lidera o quadro de medalhas, à frente dos Estados Unidos, que tiveram um dia melhor do que o anterior e chegaram a 80 (31 ouros, 24 pratas e  25 bronzes). O México segue em terceiro, com 72 (27 ouros).

O campeão paralímpico sobrou nos 50m livre S5, com tempo de 33s71, e chegou à 29ª medalha dourada em Parapans. O pódio foi completado pelos colombianos Miguel Rincon (38s22) e David Fuentes (42s77). Daniel volta a nadar na quarta-feira, nos 100m livre. Na quinta, buscará mais um feito nos 50m borboleta e, na sexta, cai na água para os 200m livre, que promete ser o desafio mais duro do paulista.

- Eu me senti bem. Acertei a estratégia. Tenho agora de sentar com a comissão técnica e analisar o que faltou para nadar na casa dos 32s. Amanhã (terça) é folga e vou ver o que precisa melhorar e evoluir. Esperava tempo melhor nas duas provas, mas o importante é curtir a medalha e descansar, porque depois ainda tem mais - afirmou Daniel, que venceu os 50m costas no domingo.

Já nos 50m livre da classe S9, só deu Brasil, em uma disputa acirrada: Ruiter Gonçalves Dias garantiu o ouro, com 26s37. João Pedro Olivia faturou a prata, com 26s42. E Vanilton do Nascimento Silva assegurou o bronze, com 26s67. A natação brasileira encerrou o dia com cinco ouros.

- Isso é bem bacana e importante para o Brasil. Mostra que nós estamos com bons velocistas e temos grandes chances de realizar isso (pódio triplo) nos 100m livre, na sexta-feira. Fiz uma prova pensando no Mundial, que é meu foco principal. Esperava ter nadado um pouco mais rápido, dei alguns vacilos, mas fiquei bem feliz por ter conquistado o ouro - disse Ruiter, que nasceu com má formação congênita na mão esquerda e conheceu a natação paralímpica após ser reprovado em uma peneira de basquete do Minas, em 2009.

- Fiquei três semanas doente, tive uma amigdalite séria. Agradeço a todos que me ajudaram a me recuperar para nadar bem nesse Parapan - falou João.

No atletismo, o Brasil também conseguiu um pódio triplo, nos 100m classe T11. Jerusa Geber conquistou o ouro, seguida por Thalita Simplício, que levou a prata, Lorena Spoladore, com o bronze. Verônica Hipólito assegurou a prata nos 200m T37. Tuany Barbosa foi prata no arremesso de peso F57. Ariosvaldo Fernandes triunfou nos 400m T53. Mateus Evangelista foi campeão. 100m Masculino T37. Ao todo, foram oito ouros na modalidade.

No primeiro dia do ciclismo de pista, o Brasil conseguiu uma medalha de bronze. Márcia Fanhani, que compete com a piloto Cristiane Pereira), chegou em terceiro na prova de perseguição individual feminina, para atletas com deficiência visual, com o tempo de 3m50s82. O Canadá levou ouro e prata. Lauro Chaman foi apenas o sétimo colocado no 1km contrarrelógio C1-5.

* O repórter viaja a convite do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB)

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