Sarah Menezes planeja retorno gradual após lesão e já mira Tóquio

Em entrevista exclusiva ao LANCE!, judoca conta como está sendo o novo ciclo, fala de sua preparação no Flamengo e visa competições futuras. Confira tudo que a medalhista disse

Sarah Menezes foi a primeira judoca a conquistar medalha de ouro nas Olimpíadas
AFP

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Sarah Menezes passou por uma cirurgia dois anos depois de sofrer uma luxação no cotovelo direito. A judoca se lesionou durante a luta que resultou na sua eliminação dos Jogos Olímpicos Rio-2016, ainda na repescagem. Em março deste ano, a atleta contundiu o mesmo cotovelo durante um treino, e a Confederação Brasileira de Judô (CBJ) decidiu agendar a operação para junho. Passados pouco mais de 40 dias do procedimento, ela ainda se recupera, mas já pensa em voltar aos treinos e sonha com a Olimpíada de Tóquio-2020.

– Está sendo um ciclo bem novo para mim. Ainda estou em fase de recuperação, mas já voltei aos treinos para fortalecer e retomar a qualidade na parte técnica. Depois de começar a treinar normalmente, irei me preparar para a disputa do Campeonato Brasileiro, em Salvador, em outubro. Em seguida, devo ser escalada para o Grand Prix de Cancún (MEX). Minha meta é voltar a pontuar nessas competições e me manter no ranking, para então, buscar a classificação para os Jogos de Tóquio-2020 - disse a judoca ao LANCE!.

Sarah Menezes
Sarah foi a primeira judoca a conquistar um ouro nas Olimpíadas (Foto: Divulgação)

Quatro vezes campeã do mundo de judô e do Pan-Americano na categoria ligeiro (até 48kg), peso em que conquistou o ouro em Londres-2012, Sarah passou por uma transição no fim de 2016 e começou a competir na categoria meio-leve (52kg). No ano seguinte, conquistou prata no Grand Prix de Cancun, no México, e venceu o Campeonato Brasileiro Regional.

Porém, a brasileira decidiu voltar ao peso antigo e escolheu um clube para recuperar seus melhores momentos nos tatames mundiais. Em março deste ano, assinou contrato de um ano com o Flamengo e se juntou a Dani Karla, companheira de Seleção, e Rosicleia Campos, treinadora da equipe nacional.

- O Flamengo é um clube gigantesco. A grande diferença é que hoje eu tenho mais pessoas para treinar dentro do clube, colegas de Seleção e uma qualidade de treinos específicos muito boa. Em geral, também tenho os atendimentos, fisioterapeuta, massoterapeuta, exercícios técnicos e físicos, além de grandes médicos e uma estrutura excelente voltada para os atletas - afirmou Sarah.

A mudança para o Rio ficará marcada na carreira da atleta como a primeira vez em que treinou longe de Teresina, sua cidade natal. Sarah sempre relutou em deixar o seu estado, mesmo quando esteve no auge de sua trajetória. 

– Apesar de ter viajado muito por conta do esporte, eu nunca pensei que deixaria minha cidade. Não foi uma decisão fácil, mas hoje eu consigo equilibrar as coisas, pois estou em um grande clube e, às vezes, tenho a oportunidade de ir até lá, visitar meus familiares. Quando não dá, convido eles para virem até o Rio. Assim, vamos nos comunicando – diz a campeã olímpica.

Sarah se tornou a primeira mulher a conquistar uma medalha de ouro na modalidade, na Olimpíada de Londres. O feito veio diante da romena Alina Dumitru, que havia sido campeã dos Jogos de Pequim-2008.

Judoca mais leve da seleção, Sarah, de apenas 1,52m e 48kg, era uma das maiores esperanças olímpicas do Brasil também para a Rio-2016, porém foi eliminada ainda na repescagem pela mongol Urantsetseg Munkhbat.

Devido à ausência das competições, a brasileira ocupa hoje apenas a 39ª colocação no ranking mundial da categoria, atrás de Stefannie Arissa Koyama (18ª) e Gabriela Chibana (27ª).

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