Lyoto promete ‘dar o melhor’ em possível despedida de Belfort; confira

Mesmo com possível despedida de Vitor Belfort do Ultimate, Lyoto Machida ressaltou o respeito pelo público brasileiro e declarou que não haverá 'luta de compadre' no UFC 224

(Foto: Getty Images)
Lyoto Machida garantiu que pretende fazer luta de alto nível em possível despedida de Belfort (Foto: Getty Images)

Escrito por

Por Mateus Machado e Yago Rédua

Com carreiras consagradas no mundo do MMA, Vitor Belfort e Lyoto Machida farão um clássico do MMA neste sábado (12), no card principal do UFC 224, no Rio de Janeiro. O confronto marcará a última luta do contrato de Belfort no Ultimate, o que pode representar sua aposentadoria do esporte. No entanto, ainda com objetivos bem traçados em sua carreira, o “Dragão” não pretende “facilitar” em nada a vida do seu compatriota.

Em Media Day realizado com a imprensa na última quinta-feira (10), Machida revelou que só espera conversar com Belfort ao fim do combate, fora do octógono. O brasileiro ressaltou o respeito que é necessário ter pelo público que estará presente na arena e pelos demais fãs de MMA.

“Eu tenho que enfrentá-lo com toda minha agressividade, concentração e foco. Não existe esse lado de amizade, até porque o público merece uma luta de respeito, de realmente a gente se entregar ali dentro. Não tem essa de luta de ‘compadre’. Eu quero mostrar o meu melhor e espero que ele mostre o melhor dele também.

Confira outros trechos da entrevista com Lyoto Machida:

– Duelo contra Vitor Belfort no Rio


Eu estou muito animado. No dia que soube da luta, eu fiquei feliz por saber que ia lutar e estou muito tranquilo também, esperando o dia da luta. Acho que é um clássico do MMA… Realmente, essa luta poderia ter acontecido no passado, não aconteceu, mas eu acredito que a hora é agora.

– Aspectos da luta

É muito difícil prever uma luta dessa. A gente sabe que, tanto o Vitor como eu procuramos o momento certo para poder atacar, se defender e fazer o que tiver que ser feito, então tudo pode acontecer. Pode ser uma luta longa e também pode ser definida mais rápida, em um golpe, porque temos capacidade para isso. O que eu tenho certeza é que será um grande combate para os fãs.

– Futuro no UFC em caso de vitória

Eu não gosto de prever nada antes, prefiro viver cada momento… Eu cheguei em um momento da minha carreira que cada momento é importante, eu tenho que curtir isso. Eu vejo que, ganhando essa luta contra o Vitor, eu estarei lá na frente de novo, me misturando com a galera que se destaca na categoria, e eu gosto de desafios novos, então essa vitória é muito importante para mim.

– Terceira luta consecutiva no Brasil

Eu já falei que toda vez que o UFC estiver no Brasil, eu gostaria de ter uma oportunidade. Então, já é minha terceira luta consecutiva no país e isso é muito legal, lutar diante do seu público, eu curto muito isso. Sinto uma energia diferente, é algo realmente especial, e espero manter nas próximas lutas.

– ‘Tabu’ em duelos entre lutadores da mesma nacionalidade e amigos no MMA

Eu acredito que sim (que existe esse tabu no Brasil). Acho que ainda existe esse padrão dentro do esporte um pouco, mas considero que o esporte está chegando em um patamar que não tem espaço mais para essas coisas. A gente é profissional, vemos isso no Caratê, no Jiu-Jitsu, no Judô, e hoje tudo isso passou. Eu parei de competir no Caratê e aquelas pessoas que competiram comigo são parte do meu ciclo muitas vezes, em busca de uma causa, às vezes fazendo parte de uma mesma comunidade. Não pode existir esse sentimento de levar para o lado pessoal, você tem que olhar para o lado profissional, assim como o futebol, entre outros esportes.

– Diferença do Lyoto de anos atrás para o Lyoto atual

Eu acho que primeiro vem a experiência. Eu já passei por momentos na minha vida de vitória, de derrotas, de nocautear, ser nocauteado, de finalizar, ser finalizado, então nisso você ganha um lastro de experiência muito grande e você começa a enxergar as coisas de maneiras diferentes… Tem que saber treinar, competir e saber a hora certa de aplicar os golpes, se defender, é a manha do ringue. Isso só se ganha com o tempo.

– ‘Conversa’ com Belfort apenas depois da luta

A conversa fica para depois do octógono, da luta, agora eu prefiro ficar concentrado. Como eu falei, o Vitor para mim, agora, é um adversário como outro qualquer. Eu tenho que enfrentá-lo com toda minha agressividade, concentração e foco. Não existe esse lado de amizade, até porque o público merece uma luta de respeito, de realmente a gente se entregar ali dentro. Não tem essa de luta de ‘compadre’. Eu quero mostrar o meu melhor e espero que ele mostre o melhor dele também.

– Estilo explosivo de Belfort pode ajudar na hora da luta

Sim e não. Passa a ser um combate de um pouco de explosão e velocidade, onde tudo pode acontecer, mas ao mesmo tempo é uma coisa que pode casar muito bem para o meu jogo, que pode ser vantajoso para mim. Não sei se ele pode vir a cansar, mas eu estou muito preparado para tudo o que vier.

CARD COMPLETO:

UFC 224
Jeunesse Arena, no Rio de Janeiro (RJ)
Sábado, 12 de maio de 2018

Card principal

Amanda Nunes x Raquel Pennington
Ronaldo Jacaré x Kelvin Gastelum
Mackenzie Dern x Amanda Cooper
John Lineker x Brian Kelleher
Vitor Belfort x Lyoto Machida

Card preliminar
Cézar Mutante x Karl Roberson
Alexey Oleynik x Júnior Albini
Davi Ramos x Nick Hein
Elizeu Capoeira x Sean Strickland
Warlley Alves x Sultan Aliev
Thales Leites x Jack Hermansson
Alberto Miná x Ramazan Emeev
Markus Maluko x James Bochnovic

Quer ficar por dentro do mundo da luta? Clique e acesse o site da TATAME!

News do Lance!

Receba boletins diários no seu e-mail para ficar por dentro do que rola no mundo dos esportes e no seu time do coração!

backgroundNewsletter