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Brasileiros miram a 'hora da virada' na 90ª edição da Corrida de São Silvestre

Dia 21/10/2015
16:00

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O atletismo, em sua essência, sempre foi visto como um esporte extremamente individual. As corridas de rua, porém, funcionam de maneira contrária a essa máxima, com os atletas trabalhando com jogos de equipe.

Talvez isso explique o domínio queniano na Corrida Internacional de São Silvestre, em São Paulo, que terá sua 90 edição disputada hoje.

Nos últimos dez anos, na prova masculina, por exemplo, foram cinco as vezes que os quenianos terminaram nas duas primeiras posições da prova. Ainda nos dez anos, as dobradinhas do país em pódio (independente das posições), aconteceram em oito oportunidades.

– Os africanos sempre revezam, nunca são os mesmos competindo no Brasil. Uns cansam, vão embora, vem outros... Então isso dificulta para nós. Sabemos do jogo de equipe deles, mas temos de fazer nossa prova. Eles tem companheiros para fazer isso, nós não temos – comentou Giovani dos Santos, melhor brasileiro na prova do ano passado, com uma quarta colocação.

O jogo de equipe que o atleta se refere, é um estilo de corrida dos quenianos, que conta com o aumento e diminuição de passadas gradualmente, ditando o ritmo da prova e favorecendo o país.

– Hoje não temos (Brasil) alguém que ajude num jogo de equipe. É difícil correr sozinho contra quatro, cinco quenianos. Ano passado tinha quatro me "espremendo". Sozinho é difícil, você precisa ter fôlego – disse Giovani.

Com falta de atletas de ponta disputando a prova, o Brasil sofre na mão dos africanos, que dominam a São Silvestre desde 2010 (no masculino) e 2006 (no feminino).

Marilson dos Santos foi o último do país a vencer a corrida, e teve o próprio Giovani o ajudando e completando o percurso em quarto lugar. No feminino, a última vitória do país foi com Lucélia Peres, que teve o auxílio de Ednalva Laureano, segunda colocada na prova.

– As quenianas têm um foco maior e são fortes, mas quem sabe a nossa vez não chega amanhã – comentou a brasileira Cruz Nonata.

Com ou sem o jogo de equipe, os brasileiros buscam retomar o caminho de vitórias em uma das mais tradicionais provas do atletismo no país. Uma virada, no dia da virada.

PROGRAMAÇÃO

Largada e Chegada
Os atletas saem da Avenida Paulista, próximo à rua Min. Rocha Azevedo, no sentido Consolação, e retornam ao local para a chegada, próximo à Joaquim Eugênio de Lima.
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Cadeirantes
A largada da prova dos cadeirantes acontecerá às 7h45 (horário de Brasília).
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Feminino
Depois, será a vez da largada do pelotão de elite entre as mulheres, às 8h40.
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Masculino
Os homens do pelotão de elite saem às 9h.

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