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E em 2 de outubro de 81? Há 38 anos, Flamengo também entrava em campo pela semifinal de Libertadores

Com Zico tratado como melhor do mundo pelos jornais colombianos às vésperas da partida, Rubro-Negro enfrentou o Deportivo de Cali diante de 70 mil torcedores

Zico é o maior ídolo da história do Flamengo (Foto: Divulgação)
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A quarta-feira, 2 de outubro de 2019, será histórica para o Flamengo, independentemente do resultado do duelo de logo mais contra o Grêmio, às 21h30, na Arena do Grêmio. Depois de 25 anos, o Rubro-Negro voltará a disputar uma partida de semifinal de Libertadores da América, com o adendo de que, pela primeira vez em sua história, o fará no formato eliminatório. Tanto em 1981, quanto em 1984, essa fase tinha um formato diferente: seis times eram divididos em dois grupos, onde os melhores de cada avançavam para a grande decisão.

Para os torcedores mais supersticiosos, um outro dia 2 de outubro também está marcado na história do clube. Há exatos 38 anos, o Flamengo, assim como hoje, entrava em campo pela semifinal da Libertadores da edição de 1981, que, como todos sabem, ao final terminou com o título rubro-negro. Os cariocas estavam no Grupo A ao lado de Deportivo Cali e Jorge Wilstermann. Naquele dia 2, uma sexta-feira, o clube visitou Cali para encarar o Deportivo, no Estádio Pascual Guerrero, na Colômbia.

O Flamengo iniciou o confronto com a sua escalação de gala: Raul; Leandro, Figueiredo, Mozer e Júnior; Andrade, Adílio e Zico; Tita, Nunes e Baroninho. Lico, titular na final do Mundial contra o Liverpool, entrou no segundo tempo. Os dias que antecederam o jogo apresentaram um clima de "final antecipada". Todos os 50 mil ingressos colocados à venda foram vendidos. No elenco rubro-negro, a mensagem era uma só: vencer significaria dar um passo importante rumo à decisão. 

Nas páginas dos jornais colombianos, o nome de Zico era o mais destacado. Três dias antes, na chegada da delegação em Cali, o camisa 10 atendeu um por um a todos jornalistas presentes no aeroporto. "Zico, o melhor e o mais simples craque do mundo", dizia a capa do Diário Occidente.

Dentro das quatro linhas, a vitória por 1 a 0 veio na raça. Tita foi expulso e Nunes saiu lesionado ainda no primeiro tempo por uma torção no joelho direito. Antes de pedir substituição, o camisa 9 decidiu o duelo concluindo uma jogada de almanaque, que resumia aquele time. Aos 10 minutos do primeiro tempo, Raúl saiu jogando com Leandro, que tocou para Andrade, na cabeça de área. O volante achou Junior aberto sozinho no lado esquerdo. O Maestro avançou com liberdade e viu Nunes na entrada da área. O centroavante dominou com a direita e finalizou com a canhota para vencer o goleiro Valencia.

-  Foi um jogo muito difícil, mas a gente não tinha nenhuma dúvida de que o Flamengo tinha condições de sermos ccampeões. Jogamos com simplicidade, com respeito ao adversário e bem atentos para lutar pela decisão. O Junior me passou a bola e eu surgi entre os dois zagueiros para chutar no contrapé do goleiro. O nosso gol teve muita objetividade, de um time forte. de muita garra - disse Nunes, em contato com o LANCE!.

Um mês depois, o Flamengo viria a levantar a taça depois de bater o Cobreloa, no Centenário, em Montevidéu, por 2 a 0, com dois gols de Zico. Agora, em 2019, o atual elenco rubro-negro tenta repetir o feito. Mais uma vez, passa por  
conseguir um resultado considerável num dia 2 de outubro. 

- Confio neste elenco do Flamengo. Agora, vai depender de como os jogadores encararem esta decisão. A equipe não pode entrar no clima de "já ganhou". Precisa respeitar o adversário, saber se impor em campo e aproveitar todas as oportunidades possíveis - salientou Nunes.