Toques ilegais no vôlei: saiba o que é considerado condução ou dois toques
Erros técnicos como condução e dois toques podem comprometer o ponto da equipe.

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O vôlei é um esporte dinâmico e técnico, em que cada detalhe pode fazer a diferença entre o ponto conquistado e a perda da jogada no esporte. Nesse contexto, os toques ilegais representam um dos aspectos mais sensíveis das regras, pois envolvem a forma como os atletas interagem com a bola e exigem precisão nos movimentos. Erros como condução ou dois toques, muitas vezes, acontecem em frações de segundo — e podem gerar dúvidas entre torcedores e até mesmo jogadores. O Lance! explica os toques ilegais no vôlei.
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A arbitragem no vôlei segue normas rigorosas definidas pela Federação Internacional de Voleibol (FIVB). Essas regras estabelecem os limites para cada tipo de contato com a bola, com base na intenção, tempo de contato e regularidade do movimento. Quando uma infração é cometida, o ponto é automaticamente concedido à equipe adversária, o que pode ser decisivo em disputas equilibradas.
Toques ilegais podem ocorrer em qualquer momento da partida: no levantamento, na recepção do saque, em ações defensivas de bloqueio ou no ataque. Ainda que existam variações na interpretação de alguns lances mais sutis, a condução e os dois toques são penalidades clássicas, ensinadas desde os níveis mais básicos da modalidade até o alto rendimento.
A seguir, você vai entender o que a regra considera como toque ilegal no vôlei, quais são os tipos mais comuns — como condução, dois toques, toque apoiado ou toque duplo no bloqueio —, como os árbitros avaliam essas infrações e de que forma elas impactam no andamento do jogo.
Quais são os tipos de toques ilegais no vôlei?
Segundo o Regulamento Oficial da Federação Internacional de Voleibol (FIVB), qualquer contato com a bola que viole os princípios de brevidade, clareza e regularidade do movimento pode ser considerado toque ilegal. Os principais tipos de infração são:
1. Dois toques (double contact)
Ocorre quando um mesmo jogador realiza dois contatos consecutivos com a bola, fora de uma ação de bloqueio. É mais comum em levantamentos mal executados, recepções desajeitadas ou tentativas de defesa de bolas rápidas.
- Exemplo: o atleta tenta levantar e a bola toca em uma mão e depois na outra, em sequência — mesmo que de forma rápida.
- Exceção: na primeira recepção do time (como no saque), um toque duplo é permitido, desde que o contato seja em um único movimento contínuo e sem condução.
2. Condução (lift ou carry)
A condução ocorre quando o jogador carrega, segura ou acompanha a bola, mesmo que por milésimos de segundo, em vez de realizar um toque limpo e imediato. Esse tipo de infração acontece com frequência em levantamentos mal feitos ou tentativas de defesa de bola baixa.
- Exemplo: a bola parece “parar” na mão do atleta antes de ser lançada — em vez de “quicar” ou ser rebatida instantaneamente.
- A condução pode ser marcada em qualquer fundamento: levantamento, manchete, ataque ou defesa.
3. Toque apoiado (held ball ou supported hit)
Trata-se de uma infração na qual o jogador usa uma parte do corpo ou estrutura para apoiar o toque, como o chão, a rede ou até outro atleta.
- Exemplo: o atleta toca a bola enquanto está sentado no chão ou usa as pernas para impulsionar o movimento do braço.
- Essa infração também ocorre se um jogador se apoia em um companheiro para alcançar a bola.
4. Toque prolongado no bloqueio (prolonged contact)
Ainda que o bloqueio permita contatos rápidos e consecutivos, não é permitido segurar ou prolongar o contato com a bola durante o bloqueio. O toque deve ser breve e direto.
- Exemplo: o bloqueador pressiona a bola por tempo visivelmente maior do que o permitido, interferindo no curso da jogada.
5. Toque simultâneo com erro técnico
Quando dois jogadores da mesma equipe tocam a bola ao mesmo tempo e a ação não é limpa (bola gira, muda trajetória bruscamente ou há retenção), o árbitro pode marcar um toque ilegal.
- Exemplo: tentativa de manchete simultânea que gera condução ou dois toques irregulares.
Como os árbitros identificam os toques ilegais no vôlei?
A detecção de toques ilegais depende da percepção visual e sonora do árbitro, especialmente do primeiro árbitro (aquele posicionado na cadeira elevada). Ele observa o movimento das mãos, o giro da bola, o tempo de contato e a reação da jogada. Em jogos profissionais, é comum que infrações como condução ou dois toques sejam marcadas imediatamente após o contato, sem necessidade de revisão por vídeo.
- Indicadores visuais comuns: mudança abrupta de direção da bola, movimentos não naturais do braço, bola girando excessivamente (indicando dois toques).
- Sinal do árbitro: cada tipo de infração tem um gesto específico — por exemplo, mão espalmada para cima sinaliza condução.
Nos torneios com uso do desafio eletrônico (challenge system), a equipe pode solicitar revisão de um toque ilegal, principalmente em lances polêmicos. No entanto, nem todas as competições oferecem esse recurso.
Qual o impacto no jogo?
Um toque ilegal é considerado falta técnica direta, e resulta em ponto imediato para o adversário, além da perda da posse de saque. Em jogos de alto nível, essas infrações podem comprometer o ritmo da equipe, gerar frustração e influenciar emocionalmente o desempenho dos atletas.
Por isso, treinadores investem pesado em fundamentos limpos e padronização de movimento, desde as categorias de base até o profissional. Um simples erro de toque pode custar a vitória em um set ou mudar o rumo de uma partida decisiva.
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