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Como foram os Brasileirões com paradas no meio?

Descubra como estavam as tabelas do Brasileirão em anos com paralisações.

imagem cameraDe Cruzeiro a Palmeiras, veja como grandes clubes reagiram após interrupções por Copa do Mundo, Copa América e Confederações. (Lucas Figueiredo/CBF)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 11/07/2025
07:31

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A pausa prolongada no calendário do Campeonato Brasileiro altera os rumos do torneio.
Historicamente, líderes perdem rendimento após as paradas, enquanto times em crise têm oportunidade de se recuperar.
Mudanças de treinadores e a chegada de reforços também influenciam o desempenho.
As edições de 2006, 2010, 2013, 2018 e 2019 mostraram que as pausas mexem significativamente com a tabela.
A pausa em 2025 poderá novamente transformar a disputa pelo título e o rebaixamento.
Resumo supervisionado pelo jornalista!

A história recente do Campeonato Brasileiro mostra que uma pausa prolongada no calendário pode mudar completamente os rumos do torneio do futebol nacional. Desde 2003, com a adoção do formato por pontos corridos, várias edições do Brasileirão foram interrompidas por cerca de um mês devido a Copas do Mundo, Copa América e Copa das Confederações. E em quase todas elas, o desempenho dos clubes antes e depois do recesso foi bem diferente. O Lance! relembra como foram os Brasileirões com paradas no meio.

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A quebra de ritmo afeta o embalo dos líderes, dá fôlego para quem está em crise e pode embaralhar completamente a tabela. Em alguns anos, a pausa serviu como um “reset” para clubes em má fase. Em outros, cortou a ascensão de quem estava dominando. Reforços chegaram, treinadores mudaram e até a recuperação física de jogadores lesionados alterou o equilíbrio da disputa.

Veja abaixo como ficaram as tabelas do Brasileirão em anos com paralisação de um mês e quais clubes mais se beneficiaram — ou foram prejudicados — com a pausa.

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Como foram os Brasileirões com paradas no meio?

2006 – Copa do Mundo na Alemanha e virada do São Paulo

Em 2006, o Brasileirão foi interrompido durante a Copa do Mundo. O Cruzeiro liderava o campeonato com 21 pontos após dez rodadas, seguido por Internacional e São Paulo. Na parte de baixo, Corinthians e Palmeiras estavam no Z4. A parada durou cerca de 30 dias.

Com o retorno, o cenário mudou radicalmente. O São Paulo, que era terceiro, embalou e terminou como campeão brasileiro. O Cruzeiro despencou de rendimento e terminou em 10º. O Fluminense também caiu: era quarto antes da pausa e finalizou a temporada em 15º. Já Palmeiras e Corinthians conseguiram se reestruturar e escaparam do rebaixamento. Foi uma pausa que beneficiou os grandes em crise e atrapalhou líderes que vinham embalados.

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2010 – Fluminense cresce após a África do Sul

O Brasileirão de 2010 também parou por causa da Copa do Mundo. O Corinthians liderava após sete rodadas, com o surpreendente Ceará na segunda posição. No Z4, Atlético-MG, Vasco, Atlético-GO e Grêmio Prudente brigavam para sair da zona.

Com o retorno em julho, quem aproveitou o embalo foi o Fluminense. Terceiro antes da pausa, o time carioca cresceu de produção e foi o campeão. O Ceará, sensação pré-Copa, caiu para o meio da tabela. Cruzeiro e Grêmio, que estavam fora do G4, subiram bastante e terminaram no topo. Já entre os ameaçados, apenas o Grêmio Prudente acabou rebaixado. Atlético-MG e Vasco se salvaram. A pausa foi usada por muitos times para reorganizar elencos e estratégias.

2013 – A arrancada do Cruzeiro após a Copa das Confederações

A Copa das Confederações de 2013 interrompeu o Brasileirão após apenas cinco rodadas. O Coritiba liderava, seguido por Botafogo, Atlético-PR e Vitória. O São Paulo, surpreendentemente, estava no Z4 com Ponte Preta, Náutico e Portuguesa.

Após a parada, o Cruzeiro, que estava apenas em 5º lugar, começou sua caminhada rumo ao título. A equipe mineira foi a que melhor aproveitou a pausa, voltando com força total e assumindo a ponta. Já o Coritiba perdeu rendimento e ficou no meio da tabela. O São Paulo reagiu e saiu da zona de rebaixamento, enquanto Ponte Preta, Portuguesa e Náutico não conseguiram escapar da queda.

Foi uma das pausas mais transformadoras da história recente da competição: a tabela virou de cabeça para baixo.

2014 – Copa no Brasil e domínio celeste mantido

No ano da Copa do Mundo realizada no Brasil, o Cruzeiro liderava novamente o Brasileirão antes da parada, com 19 pontos. Fluminense, Corinthians e São Paulo completavam o G4. Na parte de baixo, Flamengo, Coritiba, Bahia e Figueirense formavam o Z4.

Diferente de outras edições, o Cruzeiro manteve a liderança após a retomada e foi campeão brasileiro novamente. São Paulo, reforçado por Kaká, cresceu e terminou como vice-campeão. Já o Fluminense, que estava em 2º, caiu de produção e terminou fora do G4. No Z4, o Flamengo reagiu e saiu da zona, mas Bahia, Botafogo e Vitória – que estavam fora do grupo dos quatro últimos – acabaram rebaixados. Foi um ano em que a pausa não alterou o topo, mas bagunçou a parte de baixo.

2018 – Flamengo lidera antes da pausa, Palmeiras leva após ela

Com a Copa do Mundo na Rússia, o Brasileirão 2018 foi interrompido após 12 rodadas. O Flamengo era o líder com 27 pontos, seguido por Atlético-MG e São Paulo. Atlético-PR e Ceará ocupavam as últimas posições.

Depois da volta, o Palmeiras, que era apenas 6º, iniciou uma arrancada sob o comando de Felipão e se tornou campeão com folga. O Flamengo manteve bom desempenho e foi vice. O São Paulo, que chegou a liderar o campeonato após a volta, caiu na reta final e terminou em 5º. No Z4, o Ceará conseguiu escapar e o Atlético-PR terminou em 7º lugar, mostrando uma reação impressionante.

Quem despencou após a pausa foi o Sport Recife, que era 7º e acabou rebaixado, junto com Paraná, Vitória e América-MG. O contraste entre os times que caíram e os que subiram mostra como o intervalo mexeu com os bastidores e o psicológico das equipes.

2019 – Palmeiras lidera antes da Copa América, Flamengo voa depois

A última grande paralisação antes de 2025 aconteceu em 2019, durante a Copa América. O Palmeiras liderava de forma invicta e com cinco pontos de vantagem sobre o Santos. Flamengo e Internacional fechavam o G4. No Z4, o Cruzeiro já enfrentava dificuldades ao lado de Avaí, CSA e Chapecoense.

Na volta, tudo mudou. O Santos assumiu a liderança nas primeiras rodadas após o retorno. O Palmeiras caiu de rendimento, perdeu jogos, a invencibilidade e viu a pressão aumentar, o que resultou na saída do técnico. O Flamengo, que aproveitou a pausa para integrar Jorge Jesus ao comando, engatou uma sequência histórica de vitórias e se tornou campeão brasileiro com ampla vantagem.

O São Paulo também reagiu após reforços importantes, como Daniel Alves, e subiu da 9ª para a 5ª posição. Já o Cruzeiro não se recuperou e acabou rebaixado pela primeira vez em sua história. O Vasco, que era lanterna em parte da competição, aproveitou a pausa para se reestruturar com Luxemburgo e escapou do rebaixamento.

Padrões que se repetem: como foram os Brasileirões com paradas no meio?

Ao analisar os Brasileirões com pausas de um mês, surgem padrões claros. O mais notável: o líder antes da paralisação quase nunca termina campeão. Só em 2014 o Cruzeiro manteve a ponta até o fim. Nos demais anos (2006, 2010, 2013, 2018, 2019), outros times assumiram a liderança e ergueram a taça.

Outro ponto importante é que times em má fase frequentemente usam o intervalo para reagir. Casos como os de Palmeiras (2018), Cruzeiro (2013), Atlético-PR (2018) e Vasco (2019) mostram como uma pausa bem aproveitada pode mudar o rumo de uma temporada.

Em contraste, clubes que estão embalados antes da parada correm o risco de perder o ritmo. Líderes como Corinthians (2010), Flamengo (2018 e 2019), Palmeiras (2019) e Cruzeiro (2006) sofreram quedas significativas após as pausas.

Na zona de rebaixamento, a pausa funciona como um divisor de águas. Alguns times saem fortalecidos e se salvam. Outros afundam ainda mais. E há também os que despencam do meio da tabela para o Z4 após a volta, como foi o caso de Sport, Goiás e Vitória em anos distintos.

E o Brasileirão 2025?

Com o novo Mundial de Clubes programado para junho e julho de 2025, o Brasileirão terá novamente uma pausa de cerca de um mês. A experiência de outras edições mostra que esse intervalo pode embaralhar completamente a tabela, criar novas dinâmicas e afetar diretamente a briga pelo título e contra o rebaixamento.

Times que souberem usar o tempo para treinar, recuperar atletas e ajustar o elenco terão vantagem. E os que liderarem antes da parada precisarão de atenção redobrada para manter o embalo. Afinal, no Brasileirão, o jogo muda rápido — ainda mais quando o relógio para por 30 dias.

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