A cartilha do (virtual) rebaixamento do Internacional
O que o Colorado fez que o levou a candidato ao rebaixamento

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A temporada do Internacional tem tudo o que se costuma dizer que está na cartilha do rebaixamento, quase uma crônica anunciada. De decisões equivocadas da direção a problemas no vestiário e no campo. Item por item, o Colorado foi gabaritando o check list para chegar à situação que vive às vésperas da última rodada do Campeonato Brasileiro: com 41 pontos, na 18ª colocação, não depende só de si para permanecer na Série A.
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O Alvirrubro volta a campo no domingo (7). Para não cair, precisa vencer o Bragantino, domingo (7), no Beira-Rio e torcer por dois de quatro resultados paralelos. O problema está em vencer, o só aconteceu dez vezes em 37 rodadas.
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A cartilha do rebaixamento do Internacional
O termo "cartilha do rebaixamento" é usado principalmente quando um clube grande tem um conjunto de acontecimentos que o levam ao descenso. Os itens dessa "cartilha" podem incluir:
- a troca frequente de técnicos
- problemas de gestão e financeiros
- contratações de jogadores que não entregam o que o preço e o salário prometem
- falta de evolução da equipe
Item a item, o Inter vem gabaritando o check list. Vajamos alguns deles.
Troca frequente de técnicos
Mesmo que por apenas dois jogos, Abel Braga é o terceiro técnico colorado em 2025. Substituiu a dupla Ramón e Emiliano Díaz, que havia substituído Roger Machado. Aliás, nos cinco anos na presidência do clube, Alessandro Barcellos acumular trocas no comando do time. Desde 2021, foram oito demissões. A de Roger Machado é criticada por Gustavo Fogaça, o Guffo, colunista do Lance!, e por Paulo Vinícius Coelho, o UOL.
— O Roger Machado é um técnico muito competente e fez coisas muito boas no Inter. O time teve momentos coletivos muito bons com ele. O grande erro foi trazer um treinador que não tinha nada a ver com o trabalho do Roger. Se havia algo de bom no trabalho do Roger, a "Díaz Family" destruiu — pontua Guffo.
— Foi errada a decisão de demitir Roger Machado pela pressão externa. E a decisão trazer Ramon Díaz foi pior — acrescenta PVC.
Problemas de gestão e financeiros

A gestão Barcellos teve problemas se avolumando como uma bola de neve. Das demissões frequentes de técnicos – são oito em cinco anos, média de 1,6 a cada 12 meses – aos atrasos de vencimentos dos jogadores, pagamentos a outros clubes e até de fornecedores do dia a dia, como revelaram fontes do Lance!.
Soma-se a isso o episódio da chuva de papel picado no jogo de volta das oitavas de final da Libertadores, contra o Flamengo. Dois funcionários foram demitidos. Nenhum deles da linha decisória. O repórter identificado Alexandre Ernest acrescenta:
— Teve um jogo contra o Fluminense [derrota por 2 a 0, na ida das oitavas de final da Copa do Brasil], no Beira-Rio, que não tinha nenhum dirigente. Eles estavam viajando. Uns foram ver a final da Champions League. Outro foi para a Argentina dar palestra.
Outro ponto é lembrado por Leonardo Oliveira, comentarista do Grupo RBS. Com grupo curto para quatro competições no ano, a direção teria feito uma aposta arriscada:
— Ao desidratar esse grupo, negociando jogadores importantes, como Enner, Wesley, e liberando Fernando. O grupo, que já tinha limitações, perdeu alternativas.
Ernst volta para tratar do porque a gestão foi um dos principais problemas da cartilha:
— Não apenas por incompetência, por arrogância, prepotência, autossuficiência, dificuldades básicas de gestão e, principalmente, por escolhas equivocadas.
Jogadores que não entregam

Outro ponto da cartilha é a contratação de jogadores que não entregam. Principalmente quanto custam muito, tanto no valor da compra, quanto no salário. São os casos de Enner Valencia e Rafael Borré, por exemplo. O equatoriano, inclusive, foi liberado para se transferir para o Pachuca-MEX. Os dois centroavantes de "hierarquia" e selecionáveis marcaram juntos apenas 15 dos 83 gols do ano.
Além disso, Alan Patrick, que teve um início de ano promissor, como o restante do time, sucumbiu, ao lado dos companheiros. Promessas como Victor Gabriel e Ricardo Mathias não tiveram o progresso esperado.
Ainda há os problemas no vestiário. Fontes relataram ao Lance! que o elenco se não está rachado, pelo menos está dividido. E, pelo menos dois atletas, estariam isolados. Seriam os casos de Bernabei e Carbonero.

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