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A cartilha do (virtual) rebaixamento do Internacional

O que o Colorado fez que o levou a candidato ao rebaixamento

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Roberto Jardim
Porto Alegre (RS)
Dia 04/12/2025
16:30
Alessandro Barcellos - Internacional
imagem cameraAlessandro Barcellos está no quinto ano de uma gestão atrapalhada (Foto: Maina Garcia/Fluminense FC)

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A temporada do Internacional tem tudo o que se costuma dizer que está na cartilha do rebaixamento, quase uma crônica anunciada. De decisões equivocadas da direção a problemas no vestiário e no campo. Item por item, o Colorado foi gabaritando o check list para chegar à situação que vive às vésperas da última rodada do Campeonato Brasileiro: com 41 pontos, na 18ª colocação, não depende só de si para permanecer na Série A.

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O Alvirrubro volta a campo no domingo (7). Para não cair, precisa vencer o Bragantino, domingo (7), no Beira-Rio e torcer por dois de quatro resultados paralelos. O problema está em vencer, o só aconteceu dez vezes em 37 rodadas.

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A cartilha do rebaixamento do Internacional

O termo "cartilha do rebaixamento" é usado principalmente quando um clube grande tem um conjunto de acontecimentos que o levam ao descenso. Os itens dessa "cartilha" podem incluir:

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  1. a troca frequente de técnicos
  2. problemas de gestão e financeiros
  3. contratações de jogadores que não entregam o que o preço e o salário prometem
  4. falta de evolução da equipe

Item a item, o Inter vem gabaritando o check list. Vajamos alguns deles.

Troca frequente de técnicos

Mesmo que por apenas dois jogos, Abel Braga é o terceiro técnico colorado em 2025. Substituiu a dupla Ramón e Emiliano Díaz, que havia substituído Roger Machado. Aliás, nos cinco anos na presidência do clube, Alessandro Barcellos acumular trocas no comando do time. Desde 2021, foram oito demissões. A de Roger Machado é criticada por Gustavo Fogaça, o Guffo, colunista do Lance!, e por Paulo Vinícius Coelho, o UOL.

— O Roger Machado é um técnico muito competente e fez coisas muito boas no Inter. O time teve momentos coletivos muito bons com ele. O grande erro foi trazer um treinador que não tinha nada a ver com o trabalho do Roger. Se havia algo de bom no trabalho do Roger, a "Díaz Family" destruiu — pontua Guffo.

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— Foi errada a decisão de demitir Roger Machado pela pressão externa. E a decisão trazer Ramon Díaz foi pior — acrescenta PVC.

Problemas de gestão e financeiros

Papel picado no estádio Beira-Rio, do Internacional
Chuva de papel picado no Beira-Rio, um dos problemas da gestão (Foto: Ricardo Duarte/SC Internacional)

A gestão Barcellos teve problemas se avolumando como uma bola de neve. Das demissões frequentes de técnicos – são oito em cinco anos, média de 1,6 a cada 12 meses – aos atrasos de vencimentos dos jogadores, pagamentos a outros clubes e até de fornecedores do dia a dia, como revelaram fontes do Lance!.

Soma-se a isso o episódio da chuva de papel picado no jogo de volta das oitavas de final da Libertadores, contra o Flamengo. Dois funcionários foram demitidos. Nenhum deles da linha decisória. O repórter identificado Alexandre Ernest acrescenta:

— Teve um jogo contra o Fluminense [derrota por 2 a 0, na ida das oitavas de final da Copa do Brasil], no Beira-Rio, que não tinha nenhum dirigente. Eles estavam viajando. Uns foram ver a final da Champions League. Outro foi para a Argentina dar palestra.

Outro ponto é lembrado por Leonardo Oliveira, comentarista do Grupo RBS. Com grupo curto para quatro competições no ano, a direção teria feito uma aposta arriscada:

— Ao desidratar esse grupo, negociando jogadores importantes, como Enner, Wesley, e liberando Fernando. O grupo, que já tinha limitações, perdeu alternativas.

Ernst volta para tratar do porque a gestão foi um dos principais problemas da cartilha:

— Não apenas por incompetência, por arrogância, prepotência, autossuficiência, dificuldades básicas de gestão e, principalmente, por escolhas equivocadas.

Jogadores que não entregam

Borré comemora gol do Inter contra o Sport no Beira-Rio pelo Brasileirão
Borré tem só oito gols no ano (Foto: Ricardo Duarte / Internacional)

Outro ponto da cartilha é a contratação de jogadores que não entregam. Principalmente quanto custam muito, tanto no valor da compra, quanto no salário. São os casos de Enner Valencia e Rafael Borré, por exemplo. O equatoriano, inclusive, foi liberado para se transferir para o Pachuca-MEX. Os dois centroavantes de "hierarquia" e selecionáveis marcaram juntos apenas 15 dos 83 gols do ano.

Além disso, Alan Patrick, que teve um início de ano promissor, como o restante do time, sucumbiu, ao lado dos companheiros. Promessas como Victor Gabriel e Ricardo Mathias não tiveram o progresso esperado.

Ainda há os problemas no vestiário. Fontes relataram ao Lance! que o elenco se não está rachado, pelo menos está dividido. E, pelo menos dois atletas, estariam isolados. Seriam os casos de Bernabei e Carbonero.

Alan Patrick tenta conduzir a bola em Vasco x Inter (Foto: Dhavid Normando/Código19/Gazeta Press)
Alan Patrick sucumbiu ao longo da temporada (Foto: Dhavid Normando/Código19/Gazeta Press)
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