Crônica do (virtual) rebaixamento anunciado do Internacional
Colorado foi de candidato a títulos a candidato a disputar a Série B em 2027

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Alguns dizem que a cartilha do descenso está completa. Outros veem culpas em todos os lados. O certo é que o virtual rebaixamento do Internacional é praticamente uma crônica anunciada. O Lance! apurou bastidores do clube e ouviu comentaristas, um local e dois nacionais, e um repórter identificado para tentar entender o que aconteceu como o time que chegou a ser candidato à títulos e hoje "é candidato "concorre" a uma vaga na Série B em 2027.
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O Colorado ainda tem chance de ficar. Para isso, precisa vencer o Bragantino, domingo (7), no Beira-Rio e torcer por dois de quatro resultados paralelos. O problema está em vencer, o só aconteceu dez vezes em 37 rodadas.
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Crônica do rebaixamento anunciado
O termo "cartilha do rebaixamento" é usado principalmente quando um clube grande tem um conjunto de acontecimentos que o levam ao descenso. São itens como troca frequente de técnicos, problemas de gestão e vencimentos atrasados. Se não cumpriu todos, o Inter chegou perto. Gustavo Fogaça, o Guffo, colunista do Lance!, assinala outros erros, como a antecipação da preparação para ganhar o Campeonato Gaúcho e a troca de técnico de forma equivocada:
— Começa com Gauchão, com o Inter adiantando os processos de preparação física e tática para ganhar o campeonato. Aquela coisa de grenalização, de não deixar o Grêmio ser octacampeão. Amanhã, ninguém vai se lembrar do Gauchão, só do rebaixamento.

E acrescenta:
— O grande erro foi trazer um treinador que não tinha nada a ver com o trabalho anterior. Nada a ver com o que Roger Machado estava fazendo. Tinha que trazer um cara que melhorasse o trabalho do Roger, e não um que mudasse tudo, sem nenhuma ideia, sem nada. Se havia algo de bom no trabalho do Roger, a "Díaz Family" destruiu.
Problemas no vestiário
Fontes próximas ao vestiário vermelho relataram ao Lance! que o elenco se não está rachado, pelo menos está dividido. Há grupos no vestiário. E pelo menos dois atletas estariam isolados. Seriam os casos de Bernabei e Carbonero. Além disso, para o colunista e comentarista dos veículos do Grupo RBS, Leonardo Oliveira, o Inter acreditou ter um grupo suficiente para as competições do ano – Gauchão, Brasileiro, Copa do Brasil e Libertadores.
— Na metade da temporada, ficou claro que não era. A falta de recursos, a dívida cujos juros comem na mesa com o clube e as dificuldades financeiras que impactam no fluxo de caixa praticamente sufocam o Inter — comentou
Dia da Marmota Colorado
Além de tudo isso, a equipe tem repetido ad infinitum situações ao longo da temporada. O verdadeiro Dia da Mamorta Colorado inclui um sistema defensivo com falhas na marcação, um meio-campo que não protege nem cria e um ataque inoperante. Paulo Vinícius Coelho, comentarista do UOL, pontua questões que foram acontecendo ao longo da temporada:
— Algo foi se perdendo no meio do caminho. Além das lesões, vieram a perda de confiança; a decisão errada de demitir Roger Machado pela pressão externa; e, então, a decisão pior de trazer Ramon Díaz.
A maior culpa é da direção
Para o repórter identificado Alexandre Ernst, boa parte dos problemas está nos gabinetes do Beira-Rio. Segundo o jornalista, por arrogância, prepotência, autossuficiência, dificuldades básicas de gestão e, principalmente, por escolhas equivocadas. De acordo com ele, mesmo com o time no Z4 na parada para o Mundial, entre junho e julho, a direção não se mexeu para buscar reforços.
— É um fim de ano melancólico de um quinto ano de gestão desastroso. Tirando a gestão que foi para o Ministério Público por conta de caso de polícia, o presidente Alessandro Barcellos é tranquilamente um dos top 3 dos piores presidentes da história do colorado — avalia.

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