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Luiz Gomes: ‘Palmeiras, Flamengo, Bragantino e Athletico são o novo futebol do Brasil’

Finalistas das decisões continentais não estão onde estão por acaso. É simples assim. Outros estão vindo atrás. E quem não entender isso vai perder o bonde da história

Estádio Centenário vai receber as decisões no mês de novembro (Foto: Reprodução / Twitter)
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Todos os holofotes se voltam para Flamengo e Palmeiras. E não é para menos. Uma final brasileira de Libertadores, entre os dois últimos campeões continentais, os clubes de maior investimento e que têm polarizado o futebol nacional. Um duelo fantástico, de fazer o país parar. Mas há algo não menos interessante quando se olha para outro confronto, outra final brasileiríssima, a de Athletico e Red Bull Bragantino na Copa Sul-Americana.


Para muitos, trata-se de uma final improvável. Surpreendente. Mas será isso mesmo? Os números e os fatos mostram que não.

Athletico e Bragantino, exatamente como o Palmeiras e o Flamengo, colhem os frutos do trabalho que têm sido realizado fora do campo. O rubro-negro paranaense desde 2012 quando disputou pela última vez a Série B, apostou em um trabalho de reestruturação de longo prazo que, o colocou nos últimos quatro anos entre os principais ganhadores de títulos no país: foram três estaduais, uma Copa do Brasil e uma Copa Sul-Americana conquistados com todos os méritos.

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O clube apostou em infraestrutura, construiu um dos CTs mais modernos e bem equipados do país, concluiu as obras da Arena da Baixada numa engenharia financeira que não comprometeu suas finanças, reformulou seus estatutos e apostou no marketing para conquistar espaços, sendo a mudança do nome e do escudo o passo mais ousado nessa área. E o mais importante, está pronto para seguir em frente sem a dependência de Mario Cesar Petraglia, seu polêmico presidente e, justiça seja feita, o principal fiador desse processo de transformação, com todos seus erros, acertos e idiossincrasias.

O RB Bragantino tem uma trajetória diferente, mas não menos promissora. A parceria com a Red Bull é recente, foi firmada em 2019 mas tem tudo para repetir aqui o sucesso do modelo de gestão que a multinacional de energéticos construiu em países como a Alemanha, a Áustria e os Estados Unidos, onde muito além de patrocinadora é a dona dos clubes em que investe. Vale lembrar que a companhia mantém ainda um outro clube por aqui, o RB Brasil, que foi fundado em Campinas em 2007 e hoje divide as mesmas instalações do irmão mais rico, em Bragança Paulista.

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As metas do Red Bull são ambiciosas: depois de subir para a Série A do Brasileirão, já no primeiro ano de parceria, o clube quer chegar à Libertadores até 2024. A campanha bem-sucedida na Sul-Americana é, portanto, apenas um aperitivo, uma amostra do que a empresa está disposta a fazer. Com dinheiro para investir e uma política de apostar em jogadores jovens, revelados por outros clubes, o Bragantino montou uma equipe competitiva, que se valoriza a cada dia, ao mesmo tempo em que mantém olheiros espalhados pelo Brasil para garantir a continuidade do projeto, mesmo com saídas inevitáveis, como a de Claudinho para o Zenit.

Uma velha máxima do futebol é o peso da camisa, aquela história de que camisa ganha jogo. Se um dia foi assim, cada vez menos no futuro será. O sofrimento de Vasco, Cruzeiro e Botafogo na Segundona, por exemplo, é a comprovação de que tradição já não assusta ninguém. Ao mesmo tempo, a ascensão de clubes como o Fortaleza, o Ceará, o Atlético-GO, o Cuiabá mostra que trabalho sério, uma gestão empresarial, a busca pela estabilidade financeira e a aposta na continuidade são o caminho para a transformação.

Flamengo e Palmeiras, Bragantino e Athletico não estão onde estão por acaso. É simples assim. Outros estão vindo atrás. E quem não entender isso vai perder o bonde da história.