No Emirados Árabes, lateral-direito Ceará sonha um dia voltar para jogar no Brasil

José Arlindo da Silva de Sousa, o Ceará, tem 26 anos, é natural de Jaguaribe, Ceará. Os pais tentaram a vida em Santa Catarina depois de lutarem para vencer na cidade cearense. Chegaram à cidade de Itajaí no ano 2000 com oito filhos. Dois, Glenio e Gleison Sousa, foram para escolinha de futebol da cidade. Ele acompanhava e gostava de ver os irmãos jogarem.

Foi o cunhado, Ronaldo Batista, que o levou para um time de futebol da cidade chamado Ceará, em 2001. Sempre ia acompanhado do cunhado e do time pelos campos de várzea da cidade. Hoje no mundo árabe, ele sonha em um dia em brilhar no futebol brasileiro e todo dia pensa alto em jogar no seu país.

- Quero sim um dia voltar a jogar no Brasil. Sinto que tenho esse sonho ainda a cumprir. Sou novo, queria jogar em alto nível no futebol do meu país. Sou cabeça no lugar, sei que as coisas aqui estão fluindo, mas não deixo de pensar um só dia em tentar jogar no Brasil e poder fazer minha carreira por aí – resumiu o jogador que está de férias nos Emirados Árabes.

O Campeonato local terminou agora no fim de abril e só retorna em julho. Ceará chegou no Liwa FC, time da segunda divisão do Emirados Árabes. Ele atuou em 13 partidas e foi um dos destaques do time na temporada.

- Desde que cheguei aqui eu lutei muito para adaptação e com ajudas de amigos como o Caio Rosa (jogador do Sharjah FC) que me ajudou demais na minha chegada. Se não fosse eles, talvez não teria sobrevivido profissionalmente aqui. Achei que tive atuações regulares, mas sempre trabalhei para manter o alto nível. Agora é descansar e esperar para ver o que vai acontecer – comentou.

Ceará saiu de casa com 13 anos para tentar a vida de jogador. Passou por Joinville, Portuguesa-SP, Santos (base), atuou no Paimion Haka da Finlândia, no Rio Branco-ES e no Operário Desportivo Lagoa de Portugal, onde ganhou um título em 2021 conquistando o acesso ao Campeonato de Portugal, equivalente a quarta divisão do país.

O lateral-direito lutou – e ainda luta – por mais dias melhores, não esconde o desejo de voltar ao seu país e brilhar nos gramados tupiniquins, mas por enquanto, vai tocando a vida na espera de oportunidades para realizar seus sonhos.