Líder das Eliminatórias, técnico do Equador quer trabalhar no Brasil

Argentino naturalizado boliviano, Gustavo Quinteros elogia o futebol brasileiro, classifica 7 a 1 de acidente e declara amor ao seu país-natal

Quinteros assumiu o Equador neste ano
(Foto: Carlos Garcia Rawlins)

Escrito por

Se alguém entende de futebol sul-americano, este alguém é Gustavo Quinteros. Nasceu na Argentina, ficou durante boa parte da carreira na Bolívia, chegando a se naturalizar e defender a seleção na Copa do Mundo de 1994, e já está desde 2012 com uma ligação mais forte com o Equador. Primeiro no comando do Emelec, e agora na seleção equatoriana. O treinador, personagem da entrevista da semana do LANCE!, admite que coloca o futebol brasileiro como um dos possíveis destinos quando terminar o atual vínculo.

- Sou um admirador do bom jogo ofensivo, e no Brasil se joga bem, sempre pensando em vencer. Claro que eu gostaria de comandar algum clube no Brasil no futuro. Quase todos os clubes tentam jogar o bom futebol, e eu gosto disso - disse Quinteros, que não vê o 7 a 1 contra a Alemanha na Copa do Mundo como algo muito grave a se preocupar, ao analisar o atual momento do futebol brasileiro:

'Claro que eu gostaria de comandar um clube no Brasil no futuro', diz Gustavo Quinteros

- O 7 a 1 foi um acidente... Nunca existiu essa diferença entre Brasil e Alemanha. Naquele dia a Alemanha foi muito contundente o Brasil não defendeu da melhor maneira, foi um mau dia. O Brasil tem grandes jogadores e cada vez aparecerem mais. Há jogadores com enormes condições, como Neymar, William, Douglas Costa, Philippe Coutinho, Oscar, etc, etc... Poucas seleções têm essa classe.


Quinteros falou ainda sobre a identidade que tem com os três países que estão em sua história. Sente-se bem acolhido na Bolívia e no Equador, mas lembra que é um argentino com muito orgulho.

- Adotei a nacionalidade da Bolívia para não ocupar uma vaga de estrangeiro quando jogador, e também defendi a seleção. Tenho muito carinho com a Bolívia. Mas sou argentino de nascimento e de sangue. Os meus pais e avós nasceram lá. Sempre me sentirei assim. Toda a minha família vive na Argentina e sempre será assim. Agora, eu e minha família estamos muito felizes no Equador. Minha esposa e meus filhos vivem aqui desde julho de 2012 e me sinto muito cômodo neste país desde a minha chegada. As pessoas me tratam com muito carinho.

HOME - Argentina x Equador - Eliminatórias da Copa-2018 - Erazo (Foto: Juan Mabromata/AFP)
Equador venceu a Argentina na estreia (Foto: Juan Mabromata/AFP)

Como ele se diz argentino, então entra no grupo promissor de treinadores do país vizinho. Ao contrário do Brasil, a Argentina tem técnicos de destaque em alguns dos principais países do mundo. Entre eles, Diego Simeone, do Atlético de Madrid, Mauricio Pochettino, do Tottenham, Marcelo Bielsa, ex-Athletic Bilbao e Olympique de Marselha, e alvo do Swansea, Eduardo Berizzo, que faz belo trabalho no Celta, Gerardo Martino, ex-Barcelona e atualmente na Albiceleste, Jorge Sampaoli no Chile, entre outros. Na Copa América, por exemplo, todos os semifinalistas eram hermanos.

- Eles têm deixado uma grande imagem como profissionais e isso quer dizer que estão muito bem preparados para o futebol moderno e atual. Na América do Sul há muitos técnicos que estão fazendo o nosso caminho, e a verdade é que vários estão bem. Também acredito que os técnicos argentinos estão evoluindo e cada vez se preparando melhor. Isso ficou evidente na Copa América e agora nas Eliminatórias.

News do Lance!

Receba boletins diários no seu e-mail para ficar por dentro do que rola no mundo dos esportes e no seu time do coração!

backgroundNewsletter