Investimento chinês vai muito além de reforços. Veja outras iniciativas

Dinheiro do país está em clubes como Manchester City e Atlético de Madrid, além de outros menores, e tem companhia até dando nome à Segunda Divisão de Portugal

O City Football Group comanda o Manchester City e vendeu 13% da companhia para uma companhia chinesa 
 (Foto: Oli Scarff/AFP)

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Nos últimos meses, o futebol chinês chamou a atenção do mundo por fazer contratações milionárias, e investir pesado para que a modalidade tenha popularidade no país. Após o presidente Xi Jinping declarar o seu amor pelo esporte, várias medidas foram tomadas pelo setor privado para "agradar" o político.

E está longe de ser apenas na chegada de astros, mas também na entrada no exterior. Vai desde potências como Manchester City e Atlético de Madrid, até a modesta Segunda Divisão do Campeonato Português.

O tipo de investimento mais óbvio é na compra de clubes ou pelo menos de parte deles. Dois gigantes do futebol europeu têm ações controladas por chineses. O City Football Group, que comanda diversos clubes pelo mundo, como o Manchester City, tem 13% controlado pela CMC/Citic Capital, empresa chinesa. Essa mesma companhia tem ainda equipes como o New York City, da Major League Soccer.

O Dalian Wanda Group, grupo controlado por Wang Jianlin, o homem mais rico da China, está agora diretamente ligado ao Atlético de Madrid. O magnata gastou 45 milhões de euros (R$ 190 milhões) para comprar 20% do Colchonero.

Clubes como Espanyol - que pretende ser uma espécie de Manchester City de Barcelona - e ADO Den Haag têm companhias chinesas como sócias majoritárias, mas outros dois casos são mais emblemáticos. O Slavia Praga, um dos clubes mais tradicionais da República Tcheca e com 16 títulos da liga nacional (contando ainda a época de Tchecoslováquia), estava mergulhado em dívidas, começou uma rotina de lutar contra o rebaixamento, e estava quase em colapso financeiro.

Até chegar a China Energy Company Limited, empresa privada do ramo da energia elétrica, que comprou 60% das ações, enquanto Jiri Simane, empresário tcheco, comprou o resto. O investimento chegou, junto dos reforços, e o time já sonha com Liga Europa.

O Sochaux, clube fundado em 1928 pela Peugeot, também estava com dificuldades. Então, a Ledus, empresa do ramo da produção de LED, comprou 100% do time. A ideia era usar a equipe como uma plataforma para entrar no mercado francês e europeu. Isso até está dando certo, mas em campo, apenas luta para não cair à Terceira Divisão.

Concorrente da Ledus, e Ledman resolveu investir em Portugal. A companhia comprou os naming rights da Segundona, e o dinheiro será dividido entre os clubes. A partir da próxima temporada, cada um vai levar 1,2 milhão de euros (R$ 5 milhões) por ano. Além disso, os times que aceitarem jogadores chineses em seus elencos vão receber incentivos financeiros.

Isso sem falar em patrocínios. Na Espanha, por exemplo, Real Sociedad e Rayo Vallecano estampam a Qbao, empresa de novas tecnologias e marketing digital. Inclusive, utilizam caracteres em mandarim. O Tottenham, que luta pelo título da Premier League, é patrocinado pela seguradora AIA.

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