Campeão mundial revela experiência no Real Madrid: 'Depressão'
Varane abordou sobre o tema de saúde mental

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Varane chegou ao Real Madrid como uma das grandes apostas do clube para o futuro. Aos 18 anos, recém-saído do Lens, o defensor desembarcou em uma realidade que parecia um sonho – mas que, nos bastidores, se transformou em um dos períodos mais difíceis de sua vida. O francês, campeão do mundo em 2018, revelou que os primeiros sinais de depressão surgiram justamente em seu início no futebol espanhol, ainda quando lutava para conquistar espaço entre os titulares.
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A adaptação à nova rotina foi mais dura do que o brilho da carreira indicava. Varane vivia longe da família, pouco jogava na primeira temporada e se via cercado por um ambiente de exigência permanente. Em entrevista ao jornal Le Monde, afirmou que a pressão e o isolamento tiraram dele a juventude e o entusiasmo pelo esporte.
– Tinha 18 anos e não passei por uma adolescência normal. Estava sozinho, treinando todo o tempo e apenas jogava. Sentia que meu sonho desaparecia. No campo, estava concentrado, mas depois só queria voltar para casa. Era uma depressão, não conseguia aproveitar nada – admitiu.

Por ser muito jovem, Varane via a sua situação como "necessária", já que era um suposto preço a se pagar pela busca do sonho e sucesso. Entretanto, com o tempo, isso começou a consumir o jogador, que começou a ter dúvidas se era aquilo mesmo que queria.
– Eu pensava que era um preço a se pagar, que era necessário passar por isso para ter sucesso. Estava começando minha carreira e me fazia mil perguntas: Tomei a decisão correta? Deveria ir embora? Estava preso em uma espécie de solidão, sentindo que tudo desmoronava – disse Varane.
Varane fala sobre saúde mental
Com o tempo, Varane conquistou espaço e se consolidou como peça chave na defesa madrilenha. Foram dez temporadas, 18 títulos e uma imagem pública de atleta imperturbável. Mas ele revelou que mesmo o auge trouxe consequências. Após erguer a taça da Copa do Mundo de 2018 com a França, viveu outra crise psicológica: o corpo estava no topo, mas a mente desabava.
O francês afirmou que enfrentou aquele período em silêncio, acreditando que sofrimento era o preço natural do sucesso. A pandemia de Covid-19, foi o período que lhe permitiu reorganizar pensamentos e entender a necessidade de pausa. Ele contou que o calendário intenso – com jogos acumulados e pouco descanso – agravou ainda mais o desgaste físico e mental.
– Depois da Copa do Mundo de 2018 foi muito difícil. Você alcança seu sonho, está por cima no futebol mundial e logo vem a baixa. Me lembro que a pandemia me ajudou a sair desse estado depressivo. Consegui processas essas emoções e reiniciar. É um paradoxo, porque a pandemia foi muito difícil para muita gente em termos de saúde mental – afirmou o ex-zagueiro.
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