Última decisão da F1 em Abu Dhabi teve Verstappen campeão e polêmica
Decisão do campeonato de F1 que mudou a história do esporte e consagrou holandês

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O Grande Prêmio de Abu Dhabi de 2021 da Fórmula 1 (F1) ficará marcado para sempre como um dos eventos mais dramáticos e controversos da história do automobilismo. Chegando à última corrida da temporada, Max Verstappen e Lewis Hamilton estavam empatados com exatos 369,5 pontos, um cenário de "vencedor leva tudo" que não ocorria desde 1974.
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Durante 57 voltas, a narrativa parecia definida a favor do britânico, mas uma sequência de eventos improváveis e decisões da direção de prova transformou o circuito de Yas Marina no palco de um desfecho cinematográfico. Para entender como foi a ultrapassagem de Verstappen sobre Hamilton na última volta de Abu Dhabi em 2021, é necessário analisar não somente a manobra na pista, mas todo o contexto regulatório e estratégico que a permitiu.

A cronologia da decisão do título de Max Verstappen
A corrida parecia estar totalmente sob controle da Mercedes até os momentos finais. Lewis Hamilton assumiu a liderança na largada e construiu uma vantagem confortável, gerenciando o ritmo com pneus duros desgastados contra um Verstappen que não conseguia se aproximar.
Na volta 53, Nicholas Latifi, piloto da Williams, bate no muro na curva 14 enquanto disputava posição com Mick Schumacher. O acidente aciona o Safety Car. A Mercedes opta por não parar Hamilton para não perder a posição de pista, temendo que a corrida terminasse sob bandeira amarela. A Red Bull, sem nada a perder, chama Verstappen para os boxes e coloca um jogo de pneus macios novos.

Na volta 57, O diretor de prova, Michael Masi, inicialmente informa que os carros retardatários não poderiam recuperar a volta. Pouco depois, muda a decisão, permitindo que apenas os cinco carros entre Hamilton e Verstappen (Norris, Alonso, Ocon, Leclerc e Vettel) ultrapassassem o líder e o Safety Car.
Volta 58 (A volta final): O Safety Car retorna aos boxes, deixando uma única volta de bandeira verde para a disputa do título. Verstappen, com pneus macios novos, estava colado na traseira de Hamilton, que pilotava com pneus duros e velhos.
A ultrapassagem em si foi o resultado de uma disparidade técnica imensa criada pelas circunstâncias, somada a uma interpretação flexível do regulamento esportivo daquele ano. Tecnicamente, a manobra foi facilitada pela diferença de compostos. Hamilton estava com pneus duros com mais de 40 voltas de uso. Esses pneus estavam frios devido à velocidade reduzida atrás do Safety Car e ofereciam pouca tração. Verstappen tinha pneus macios novos, que aquecem rapidamente e oferecem aderência máxima imediata.
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Ao relargar, Hamilton tentou segurar o ritmo até o último instante. No entanto, na aproximação para a Curva 5 (o grampo após a primeira reta), Verstappen mergulhou por dentro. A manobra foi agressiva e precisa. Sem aderência para defender ou tracionar na saída, Hamilton não pôde evitar a ultrapassagem. Nas duas retas seguintes, o britânico tentou usar o vácuo para recuperar a posição, chegando a colocar o carro lado a lado na chicane das curvas 6 e 7, mas os pneus macios de Verstappen permitiram que ele freasse mais tarde e mantivesse a liderança até a bandeira quadriculada.
A controvérsia regulatória
A polêmica central girou em torno do Artigo 48.12 do Regulamento Esportivo da F1. Normalmente, todos os retardatários devem descontar a volta e o Safety Car só entra nos boxes na volta seguinte a essa ação.
Mas em Abu Dhabi, o diretor de prova permitiu apenas os carros entre os líderes passarem e recolheu o Safety Car na mesma volta. Isso foi justificado pelo desejo de terminar a corrida sob bandeira verde (Artigo 48.13), mas a Mercedes protestou alegando que o protocolo padrão não foi seguido.
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