Hamilton cita Alonso e Vettel e diz que ‘se recusa’ a passar por Ferrari sem título
Inglês também comentou sobre sua rotina em Maranello

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Lewis Hamilton foi enfático durante entrevista coletiva realizada nesta quinta-feira (24) em Spa-Francorchamps, palco do GP da Bélgica: o inglês se recusa a deixar a Ferrari sem um título mundial. Para isso, o heptacampeão da F1 revelou parte dos esforços que tem feito para o time italiano progredir na categoria.
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Hamilton ainda mencionou Fernando Alonso e Sebastian Vettel, também campeões mundiais, mas que saíram da Ferrari sem títulos. O inglês disse que tem passado algum tempo em Maranello, destacando o esforço coletivo pelo progresso do time italiano, com o desejo de não repetir o enredo dos antecessores.
— A equipe teve pilotos incríveis nos últimos 20 anos. Teve Kimi (Raikkonen), Fernando e Sebastian — todos campeões mundiais, mas eles [Alonso e Vettel] não venceram um campeonato [pela Ferrari] e me recuso a ser um caso destes. Por isso, tenho ido além — disse Hamilton.
— Estive na fábrica por duas semanas, diversos dias na semana. Fiz muitas reuniões com as lideranças da equipe, com John (Elkann, CEO do grupo Stellantis, dono da Ferrari), Benedetto (Vigna, CEO da Ferrari) e Fred (Frédéric Vasseur, chefe da Ferrari). Falei com o responsável pelo desenvolvimento do nosso carro, Loïc (Serra), e também com chefes de diferentes departamentos, falando sobre o motor do próximo ano, suspensão dianteira, traseira. Conversei sobre coisas que quero e problemas que tenho com esse carro —prosseguiu.

Hamilton também abordou sobre a interação com a Ferrari, que tem reportado alguns feedbacks para o time, com o intuito de melhorar o carro da temporada 2025, mas também para mostrar o caminho para 2026, quando a Fórmula 1 terá um regulamento novo para motores e monopostos.
— Depois de algumas corridas, fiz um documento para a equipe. Durante essa pausa, mandei outros dois. Depois, venho até aqui para discutir esses pontos. Parte disso envolve ajustes estruturais que precisamos fazer como time para melhorar, além de todas as áreas que queremos desenvolver — comentou Hamilton.
— O outro documento tratava especificamente dos problemas atuais que estou enfrentando. Há coisas para levar para o carro do próximo ano, e outras que precisam ser modificadas para 2025. Testamos o carro de 2026 pela primeira vez e começamos a trabalhar nele. Foram 30 engenheiros para a sala, e fiz uma análise detalhada com cada um deles. Então, é um esforço enorme — continuou.

Hamilton mencionou que a Ferrari ainda não está “botando todos os cilindros para funcionar”, como se ainda faltam alguns ajustes para fazer o time italiano alcançar o máximo potencial. Por isso, Lewis falou que tem visitado os mais variados departamentos e desafiado cada um a desempenhar o máximo.
Um dos motivos para esse tipo de comportamento é o tempo: Hamilton reconheceu que, aos 40 anos, não tem muitos mais anos pela frente e a margem para ser campeão pela Ferrari é curta.
— A razão disso é que vejo um enorme potencial dentro desta equipe; a paixão aqui não tem comparação. É uma organização enorme, com muitas partes em movimento, mas nem todas estão funcionando como deveriam. É por isso que a equipe não teve o sucesso que, na minha opinião, merece. Sinto que meu papel questionar absolutamente todas as áreas, desafiar todos na equipe, especialmente os que estão no topo e tomam as decisões — destacou Hamilton
— Às vezes, quando se segue sempre o mesmo caminho, obtém sempre os mesmos resultados. Então estou apenas desafiando certas coisas. Estamos melhorando em muitas áreas: no marketing, na entrega contínua para os patrocinadores, na forma como os engenheiros trabalham… há muito trabalho e muitas melhorias a fazer, mas eles são muito receptivos — frisou Hamilton.
— Estou tentando realmente criar aliados dentro da organização, motivá-los, fazê-los se empenhar. Estou aqui para vencer e não tenho tanto tempo quanto este aqui (apontando para Andrea Kimi Antonelli). É hora da virada, e realmente acredito no potencial desta equipe. Acredito de verdade que eles podem vencer vários campeonatos mundiais daqui para frente. Já têm um legado incrível, mas, durante o meu tempo aqui, esse é meu único objetivo — finalizou.
A Fórmula 1 retorna neste fim de semana, de 25 a 27 de julho, na Bélgica, 13ª etapa da temporada 2025.

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