Jornalista do Sportv fala sobre manifestos contra contratação de Cuca: ‘Hoje, as mulheres têm voz’

Treinador foi anunciado na semana passada como o mais novo comandante do Corinthians

Cuca - Corinthians
Cuca é o mais novo treinador do Corinthians (Foto: Rodrigo Coca/Ag.Corinthians)

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A contratação de Cuca pelo Corinthians, concretizada na última semana, segue dando o que  falar. Dessa vez, a jornalista Renata Mendonça falou sobre as manifestações, principalmente da equipe feminina do time paulista contra o atual treinador do futebol masculino. 

As jogadoras profissionais do Timão apoiaram parte da torcida ao não apoiarem a contratação do novo técnico. Cuca foi condenado na Justiça da Suíça por coação e ato sexual com menor quando ainda era jogador de futebol. Durante a derrota do time masculino contra o Goiás, pelo Brasileirão, a equipe feminina do Corinthians se posicionou contra a contratação de Cuca.

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- Essas manifestações não começaram agora, porém elas tem crescido. Quando ele assume o Atlético-MG em 2021, também aconteceu. Este movimento cresce porque hoje as mulheres tem voz. Aí vão falar, 'a mais porque não aconteceu em 2018?'. Quantas mulheres sentavam em mesas de debates esportivos naquela? Quantas narravam jogos? Quantas estavam em cargos de decisão no jornalismo esportivo? Antes não ocupávamos este espaço, mas hoje a gente tá - iniciou a comentarita. 

- Ontem no jogo entre Corinthians e Goiás, estava Renata Silveira, narrando, e eu e o grafite comentando. Isso faz diferença. Talvez, com uma chefia masculina esse assunto não teria sido levado para a coletiva. A gente vive um outro momento e as mulheres hoje estão aqui. Acredito que faltou muito do Corinthians e do Cuca se prepararem para responder sobre esta questão - concluiu. 

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Renata Mendonça ainda falou sobre a necessidade dos times masculinos fazerem parte de manifestações como estas. Ela relembrou o caso de afastamento do ex-presidente da CBF, Rogério Caboclo, por assédio, e reafirmou a importância dos homens também se indignarem sobre certos assuntos. 

- O que a gente vê é que só as mulheres reagem. Então, na CBF por exemplo, quando o presidente foi afastado por assédio, quem se manifestou?  A Seleção feminina. A masculina não falou nada. Agora de novo, no Corinthians, a equipe feminina se manifesta, o masculino não fala nada. Enquanto os homens, não se incomodarem sobre mulheres em situação de abuso a gente não vai mudar nada - finalizou. 

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