Ex-lutadora do UFC relata que foi abusada sexualmente pelo pai: ‘Lutar era minha fuga’
Em documentário, norte-americana fala sobre a importância do esporte como escapatória após viver experiências traumáticas
Kay Hansen, ex-lutadora do UFC, revelou que foi abusada sexualmente pelo pai durante a adolescência. Em um post nas redes sociais para anunciar o lançamento de um minidocumentário sobre a sua vida, a norte-americana falou acerca da importância do esporte como escapatória das experiências traumáticas.
- Fui estuprada e abusada sexualmente por meu pai quando adolescente por anos. Lutar e treinar era minha fuga e a única forma de realidade sobre a qual eu realmente tinha controle - escreveu.
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Intitulado "Diário: Kay Hansen", o projeto de vídeo sobre a trajetória da lutadora foi lançado na última terça-feira. O minidocumentário foi desenvolvido pelo canal do Invicta Fighting Championships, organização de artes marciais norte-americana.
Kay Hansen lutou no Invicta FC entre 2017 e 2020, acumulando cinco vitórias e três derrotas. Entre 2020 e 2022, ela competiu três vezes no UFC, com uma vitória e duas derrotas.
Veja abaixo o depoimento de Hansen na íntegra.
"Este documentário foi um grande passo para mim, não necessariamente como lutadora, mas como pessoa. Meus sucessos e lutas estão todos sob os olhos do público há muitos anos, mas todo mundo tem uma história nos bastidores. Fui estuprada e abusada sexualmente por meu pai quando adolescente por anos. Lutar/treinar era minha fuga e a única forma de realidade sobre a qual eu realmente tinha controle.
Nunca falei sobre o abuso que sofri por medo das repercussões que podiam ocorrer. Conto minha história não para 'ajudar as pessoas a me conhecer', mas para usar a plataforma que meu esporte me deu para inspirar coragem em alguém que está, ou já esteve, em uma situação semelhante. O abuso sexual é muito comum, mas muitas vezes varrido para debaixo do tapete. Você não precisa passar por isso sozinho. Você merece paz e justiça. Sempre há uma luz no fim do túnel.
Sou abençoada por ter feito isso e por ter a oportunidade de criar e reescrever minha própria história e consertar o que não quebrei. Com isso dito, estou extremamente feliz com a forma como este documentário foi abordado e montado. Obrigado a todos que estiveram envolvidos."
