Daniel comemora sequência no Flu e revela: ‘Tudo que eu sempre esperei’

Em entrevista exclusiva ao LANCE!, o motorzinho tricolor afirma que pretende continuar no clube e projeta um grande segundo semestre do time

Daniel Fluminense
Daniel é o titular do meio-campo do Fluminense (Foto: Mailson Santana/Fluminense)

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Titular do Fluminense e cria de Xerém, o meia Daniel vive a sua melhor fase na carreira. Após quatro empréstimos, três para o Oeste e um para o Botafogo de Ribeirão Preto, clubes pequenos de São Paulo, o jogador de 23 anos, enfim, conseguiu a tão sonhada sequência no Tricolor, se firmando na equipe do técnico Fernando Diniz. Em entrevista exclusiva ao LANCE!, Daniel comentou o bom momento vivido dentro de campo, somando dez partidas consecutivas como titular do meio-campo.

- É um momento que eu sempre esperei. Desde os tempos de categorias de base, você fica esperando chegar no profissional, para se destacar e ganhar títulos. Isso não vinha acontecendo porque eu vinha sendo emprestado. Com esse momento meu no profissional, titular e com uma sequência de jogos, é tudo que eu sempre esperei. Falta agora o título esse ano.

Valorizado e com o segundo semestre inteiro pela frente, Daniel espera manter a regularidade para permanecer no Fluminense. O contrato do meia se encerra no fim do ano, mas a vontade do jogador é pela renovação, projetando realizar alguns sonhos na carreira.

- Tive conversas com a outra gestão, do presidente Pedro Abad. Com a chegada da eleição a negociação esfriou porque não sabíamos quem seria o novo presidente. Agora a tendência é a gente conversar sobre isso. A minha vontade é permanecer no Fluminense e renovar meu contrato. Muito tempo de casa e agora com essa sequência, quem sabe a gente consiga conquistar a Sul-Americana para no ano que vem disputar uma Libertadores. Esse é um dos grandes sonhos da minha carreira - revelou Daniel ao LANCE!.

Daniel
No Carioca, Daniel não conseguiu manter a titularidade (Lucas Merçon/Fluminense)

Confira a entrevista completa com Daniel

Titular nos últimos dez jogos, dá para dizer que vive o seu melhor momento na carreira?
- Posso dizer que sim. Não tenho lesões e agora com essa sequência pelo Fluminense, depois de vários empréstimos para clubes menores, não tem como não dizer que é o melhor ano da minha carreira, ainda mais pela quantidade de jogos que eu estou fazendo. Tem sido muito bom.

Como você explica a ausência de oportunidades nas temporadas anteriores?
- Acho que vai muito da cabeça do treinador no momento. Quando eu subi, o treinador era o Eduardo Baptista e eu comecei o ano como titular. Tive uma sequência, mas depois ele me tirou do time, mas ainda entrava nos jogos. Depois, quando mudou o treinador, acabei perdendo espaço, mas acho que é algo natural também, já que tinha acabado de chegar no profissional.

Qual é a sua avaliação em relação aos empréstimos?
- Me fez bem, voltei mais maduro, experiente e agora com o Diniz, meu treinador no primeiro empréstimo, estou tendo essa sequência de jogos e acho que estou conseguindo mostrar o meu potencial.

E como foi o seu primeiro contato com o Diniz? Foi complicado se adaptar ao estilo do treinador?
- Complicado não foi, por conta do jeito dele de jogar, que encaixa muito com as minhas características. Foi bom para mim porque eu joguei em outras posições também. Como vocês podem ver, os jogadores dele mudam muito de posição e isso fez eu evoluir em muitos aspectos. Aprendi coisas com ele que não tive nas categorias de base.

Grêmio x Fluminense - Daniel
Após o jogo contra o Grêmio, Daniel conquistou a titularidade (Lucas Meçon/Fluminense)

Do time do técnico Fernando Diniz, você é considerado o motorzinho, por estar ajudando tanto o ataque, quanto a defesa. Como está sendo a adaptação a esse tipo de função?
- Está sendo muito bom jogar nessa função porque eu acho que estou jogando melhor do que no início do ano, quando atuava mais avançado. Esse apelido de motorzinho, muito gente tem falado e eu fico feliz, me motiva ainda mais para continuar recebendo esses elogios. Espero que quando a gente voltar no Brasileirão, eu continue a ser esse motorzinho do meio-campo.

O seu posicionamento em campo mudou justamente após a chegada de Paulo Henrique Ganso. Como é ter no meio-campo um jogador como ele?
- Muito bom jogar ao lado dele, que é uma referência. A habilidade dele é absurda e você aprende muito com ele, não só pelos conselhos, já que ele fala bastante, mas vendo também. Eu fico ali perto, vendo as coisas que ele faz, a hora que dá o passe, que trava. Eu estou bem próximo dele e jogo na mesma posição, então isso tem me ajudado a evoluir. A chegada dele foi muito boa para mim.

Apesar de ser cria de Xerém, você não é tão badalado como outros jogadores. Isso de alguma forma te incomoda?
- É natural que o cara que está fazendo gols vai ser o mais badalado. Eu encaro com normalidade e continuo com o meu trabalho, tentando fazer bem feito no meio-campo, dando as assistências para quem sabe daqui a pouco fazendo os meus, para eu ficar badalado também.

Você é o quinto jogador do Fluminense que mais entrou em campo em 2019, com 29 jogos. No entanto, o gol ainda não saiu. Como está a cobrança quanto a isso?
- Me cobro muito, acho que todos se cobram por isso. Todo jogador, de qualquer posição, quer fazer gol. Eu como meia, não só tenho que dar assistências, mas também preciso fazer gols. Mas eu tenho certeza que vão sair na hora certa.

Atualmente, você se considera titular absoluto do meio-campo tricolor?
- Titular absoluto acho que não tem ninguém no time, ainda mais com o Fernando Diniz, que roda bastante a equipe nos treinamentos e a performance segue no mesmo nível em todas as posições. Eu espero que a gente continue assim, jogando do mesmo jeito no meio-campo, com bastante entrosamento. Absoluto eu não sei se somos, temos que continuar com as nossas atuações para permanecer no time.

Fluminense x Atlético Nacional - Daniel
Daniel ainda não marcou gol na temporada (AFP)

Como o grupo recebeu as possíveis saídas de Gilberto, Luciano e Pedro? 
- Ninguém quer que eles saiam. Eles ajudam muito a gente. Nós não temos como nos meter nisso, é a vida pessoal do jogador, que vai escolher com a família e com os empresários o melhor caminho. Eu não sei de nenhuma negociação em curso, mas espero que eles fiquem.

Como você avaliou o pagamento de salários apenas para o atacante Pedro?  
- A gente não tem que se meter e não há o que fazer. A gente tem que seguir treinando para quando voltar o Brasileirão, ganhar os jogos. A diretoria entendeu que foi melhor desse jeito e gente entendeu e vamos seguir trabalhando.

Recentemente a diretoria pagou um mês de salário para os jogadores. No entanto, o clube ainda possui pendências com vocês. Como você avalia essa situação?
- Eles estão trabalhando para resolver esse problema o mais rápido possível e a gente acredita neles. É uma nova diretoria, estão a pouco tempo no clube, então precisamos dar tempo para que eles consigam resolver essas questões.

O que você projeta para o segundo semestre do Fluminense?
- A nossa meta é chegar o mais longe possível. A gente está à frente da zona de rebaixamento, mas jogamos no Fluminense e com o futebol que praticamos, sem modéstia nenhuma, precisamos brigar pelo título, a gente tinha que estar lá em cima. Então é isso que a gente almeja, ganhar e subir na tabela e ver o que a gente consegue no fim do campeonato.

Quais são os seus sonhos na carreira? Acredito que a Seleção Brasileira é um deles, certo?
- Claro, todo jogador sonha com isso. Eu como tricolor, sempre frequentava o estádio com o Fluminense disputando a Libertadores, o Campeonato Brasileiro, então sempre me imaginei nisso. Sempre projetei minha carreira jogando essas competições, ganhando uma Libertadores e depois indo para a Europa, jogando umas Champions League, defendendo a Seleção Brasileira. Todo jogador pensa dessa forma e isso é algo normal. Se Deus quiser eu vou conseguir.

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