Antes solução, jogadores da base perdem espaço no Flu de Diniz

Mesmo com estabilidade financeira, novo treinador opta por montar uma equipe com atletas mais experientes; Digão, Mascarenhas e Daniel são as exceções

Fluminense x Flamengo Fernando Diniz
Fernando Diniz é o treinador do Fluminense (Foto: LUCAS MERÇON / FLUMINENSE F.C.)

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Para um clube com dificuldades financeiras, é normal que a base se torne uma solução para reforçar a equipe. No caso do Fluminense, não é diferente: desde a saída da Unimed, as categorias inferiores do clube ganharam notoriedade e passaram a ser figurinhas carimbadas na equipe principal. Na atual temporada, com a chegada de Fernando Diniz, porém, isso não acontece.

Após um 2018 irregular, apesar do longínquo desempenho na Copa Sul-Americana, a diretoria do Fluminense entendeu que o momento era de montar uma equipe que oferecesse mais experiência ao elenco. No começo do ano, o treinador Fernando Diniz até utilizou alguns jogadores da base com certa frequência, mas, com o passar do tempo e chegada da parte decisiva do Estadual, os atletas mais experientes 'roubaram a cena'.

A exceção a essa regra é Digão. O zagueiro, atualmente lesionado, é o único jogador que é titular regularmente e foi criado nas categorias de base do Tricolor. Já com 30 anos, o defensor iniciou sua trajetória profissional em 2009, e, após uma passagem pelo futebol asiático e pelo Cruzeiro, entre 2014 e 2017, retornou ao clube das Laranjeiras no ano passado.

Além do zagueiro, outros jogadores da base que tiveram tempo de jogo na atual temporada foram Mascarenhas, que iniciou o ano como titular, mas, após sofrer com uma lesão muscular, caxumba e tendinite patelar praticamente em sequência, perdeu espaço na lateral-esquerda, atualmente ocupada por Caio Henrique, que joga improvisado no setor.

O meio-campista Daniel foi outro que iniciou o ano como titular. Um dos principais garçons da equipe na Taça Guanabara, o atleta perdeu espaço após a chegada de Paulo Henrique Ganso e, atualmente, entra em campo apenas nas situações que o camisa 10 não pode jogar, como, por exemplo, nas partidas contra o Antofagasta, pela Sul-Americana.

Marquinhos Calazans, Frazan, Igor Julião, Luiz Fernando, Caio, Zé Ricardo, Pablo Dyego, Marcos Paulo e João Paulo ainda não tiveram muitas chances na equipe titular, apesar do último ter marcado um dos gols na derrota do Tricolor para o Flamengo, pela fase de grupos da Taça Rio.

No fim de 2018, 15 jogadores saíram do Fluminense e o clube precisou repor. Foram 12 reforços nos primeiros meses, mais do que 2018 (17) e 2017 (sete). Em 2018, 27 jogadores formados em Xerém tiveram pelo menos um jogo na temporada. Em 2017, foram 23.

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