Filipe Luís admite queda do Flamengo e lamenta empate com o Ceará: ‘Decepção’
Rubro-Negro abre o placar, mas sai com apenas um ponto do Castelão
- Matéria
- Mais Notícias
Técnico do Flamengo, Filipe Luís não ficou satisfeito com o empate da equipe por 1 a 1 com o Ceará neste domingo (3), no Castelão, pela 18ª rodada do Brasileirão. Em entrevista coletiva após o duelo, o treinador criticou a atuação do time no segundo tempo, quando o Rubro-Negro sofreu gol e cedeu o resultado.
Relacionadas
➡️ Emerson Royal avalia empate do Flamengo com o Ceará: ‘Não tão ruim’
— Claro que é um sentimento de decepção. Fizemos um grande primeiro tempo, criamos chances de gol e finalizamos várias vezes na área do adversário. No segundo tempo, tivemos uma queda muito grande, por um descuido nosso na bola parada, acabamos cedendo o empate. Claro, sentimento de decepção, mas não temos outra opção senão trabalhar e continuar evoluindo — avaliou o comandante.
Filipe discordou ao ser questionado sobre falta de ímpeto do Fla para ampliar a vantagem. Para o treinador, a equipe seguiu buscando o gol, mas teve dificuldades de sair e baixou a intensidade por conta de ajustes do adversário.
— No segundo tempo foram seis chutes a gol. Chutes no gol, aí é outra coisa, é a precisão. Mas o time continuou chutando, criando. Eu não diria que a gente quis defender o resultado, ao contrário. Começamos o segundo tempo com a bola, tentando propor jogo. O adversário mudou o seu sistema, começaram a jogar a bola longa nas nossas costas, tiveram alguns escanteios. Alguns lances até onde a bola era nossa, e por (o árbitro) não apitar falta, acabavam em escanteio — declarou o técnico do Flamengo
— Essas jogadas foram levando o nosso time para trás, e tivemos dificuldade de sair. Vou ver novamente depois, mas realmente baixamos o nosso nível de concentração, de intensidade no segundo tempo. O adversário também aumentou a dele, e aí tivemos dificuldade em construir e de dominar o jogo outra vez. Acabamos sofrendo o gol e tentamos a vitória, mas claro, não é fácil jogar contra o time que se fecha tanto — completou.
O treinador rubro-negro optou por iniciar o jogo com Samuel Lino e Emerson Royal, recém-contratados, entre os titulares. Questionado se a falta de entrosamento teria sido problema para a equipe, Filipe Luís elogiou o primeiro tempo da equipe, sobretudo na criação de oportunidades.
— Se eu não me engano, foram nove chutes no primeiro tempo. Tivemos a bola, chances, finalizações, chegadas na área do adversário e fizemos um grande primeiro tempo. É verdade que temos incorporações novas. Uma janela extraordinária do clube e que alguns jogadores chegaram sem ter tempo de treino na equipe onde estavam. Alguns estavam de férias. Hoje o Lino jogou 90 minutos. Não sei se era indicado para ele, mas vai se adaptar e já se adaptou rápido ao nosso modelo de jogo.
➡️ Tudo sobre o Mengão agora no WhatsApp. Siga o nosso novo canal Lance! Flamengo

Confira outras respostas de Filipe Luís após Ceará x Flamengo
Nível físico atrapalha o Flamengo?
— A atuação abaixo contra o Galo foi muito mérito deles. Nos causaram dificuldades. O time acabou dentro da área deles, pelo resultado. Jogos depois de três dias, o time sente. Mesmo que alguns jogadores não tenham jogado. Não acredito que seja um problema físico. Acredito que todos estamos na mesma situação por causa do calendário. Acredito que é muito pelo momento do jogo, apoio da torcida, nos deu dificuldade de ocupar espaços. Acabamos dando uma chance para o adversário, que foi de escanteio. O time estava defendendo bastante bem a nossa área. Vamos continuar trabalhando e evoluindo.
Peso de estar em três competições
— O objetivo é disputar todos os títulos. Hoje o Flamengo te permite isso. Com esse elenco altamente qualificado que temos, te dá a possibilidade de disputar os títulos. Brigar para ser campeão do Campeonato Brasileiro, de ter um elenco para chegar na Libertadores e na Copa do Brasil. Eu repito, para mim é um privilégio ter esse número de jogos para jogar. Não reclamo porque os melhores jogam mais jogos. Isso quer dizer que somos dos melhores. Eu quero ganhar todos os jogos que vierem pela frente. Nunca vou escalar um time para perder. Da mesma forma, vamos na Copa do Brasil para tentar vencer o Atlético.
Posse de bola
— Sobre a posse de bola, o Ceará optou por não pressionar e esperar em bloco médio e baixo, tentando sair no contra-ataque. Tentamos neutralizar isso no primeiro tempo e criar chances que pudéssemos ter dependendo desses espaços que tivemos no bloco muito fechado. É mais complicado encontrar os espaços em um bloco compacto e fechado, mas ainda assim conseguimos criar chances. No segundo tempo baixamos bastante nosso estado de concentração e tivemos dificuldades.
Volta de Victor Hugo
— Vocês todos sabem da qualidade que o Victor tem, é um jogador que cresceu no Flamengo. Vem treinando bem durante essas semanas, estava de férias. Optei por ele porque vi que o time perdeu o controle do jogo e o coloquei para tentar recuperar a bola. Ele se posiciona bem, é muito inteligente. Quando a concorrência estiver grande, ele pode jogar em várias funções. Vamos ver o que vai acontecer para o futuro.
Rossi falhou?
— Eu revi o gol, mas ainda não fizemos a análise calma. Sempre que se toma um gol, existe quase sempre falha. Muito difícil ser somente mérito do adversário. Se foi o Rossi, se foi o Léo, não me interessa. Os erros acontecem. Às vezes, durante outras jogadas que não acabam em gol. Os erros existem no futebol. Jamais como treinador, vou apontar o dedo e dizer que foi falha desse ou do outro. Foi falha da equipe e quem perde somos nós. Para isso, estou aqui para treiná-los para que não voltem a acontecer esses erros.
Experiência de jogar no Ceará
— Faço 40 anos semana que vem, bem lembrado. É um prazer vir jogar aqui no Nordeste. É um prazer jogar contra o Fortaleza e o Ceará, sempre muito complicado, difícil. Estádio sempre está lotado, é uma grande festa e criam muitas dificuldades. São times que se estruturaram muito bem e tem poder econômico para contratar e lutar para ficar vários anos na Série A. Acredito que tanto o Fortaleza quanto o Ceará têm a dificuldade de fazer viagens longas nesse campeonato. Portanto, muito mérito desses times para se manter tantos anos na Série A.
Sequência da dupla de zagueiros
— Realmente, os zagueiros (Léo Ortiz e Léo Pereira) vêm de uma sequência muito grande com a lesão do Danilo. Eu acredito que a última linha é um lugar muito delicado. Existem momentos e momentos para colocar os jogadores e eu não senti que esse é o momento. Pelo que a equipe vive, o que estamos lutando, a dificuldade que tem os jogos pela frente. Os dois jogadores até agora a fisiologia nos deu bastante segurança de que aguentam a sequência. Enquanto isso acontecer estou tentando manter essa dupla de zaga que está tão entrosada. Mas sei que se precisar tenho o Cleiton, o João e o Iago. Eles vão entrar em um momento crucial da temporada onde qualquer falha, como acontece com os Léos e o Danilo, não sei se teriam o perdão. Nessa posição é muito difícil achar o momento para colocar. Se precisar eu confio neles.
Para acompanhar as notícias do Flamengo, acompanhe o Lance! Todas as informações e acontecimentos atualizados em tempo real
Tudo sobre
- Matéria
- Mais Notícias