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BAP abre o jogo sobre futuro de Filipe Luís no Flamengo e avisa sobre contratações: 'Se tiver que gastar R$ 1 bilhão, posso gastar'

Presidente concedeu entrevista ao canal oficial do clube

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Marcus Vinicius Alves Dantas
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 06/12/2025
10:34
O presidente do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista (BAP), abriu o jogo em entrevista ao "Mengocast". (Foto: Reprodução/Flamengo TV)
imagem cameraO presidente do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista (BAP), abriu o jogo em entrevista ao "Mengocast". (Foto: Reprodução/Flamengo TV)

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O presidente do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista (BAP), abriu o jogo sobre os bastidores do clube em entrevista ao "Mengocast", podcast da FlamengoTV. O mandatário não só exaltou o trabalho de Filipe Luís, projetando uma longa parceria, como fez uma declaração de impacto sobre as finanças: segundo ele, o Rubro-Negro tem capacidade de investir até R$ 1 bilhão em reforços, se necessário, para manter a hegemonia.

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Filipe Luís: A 'simbiose' e o futuro no Flamengo

BAP não poupou palavras para exaltar o impacto de Filipe Luís no comando técnico, classificando-o como um fenômeno no futebol nacional, mas revelou que precisou bancar a permanência do ex-lateral contra opiniões internas que pediam um nome mais experiente.

— O que eu posso falar é que o Filipe é de longe a maior revelação de treinador brasileiro em muito tempo. Eu acho que, infelizmente pro futebol brasileiro, nós ficamos uns 10 anos sem que um nome surgisse e que fosse algum nome que entusiasmasse os amantes por futebol. Acredito que ele tenha sido muito feliz nesse primeiro ano, entendo que houve uma simbiose, uma relação muito positiva pros dois lados — iniciou BAP.

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— Eu não tenho certeza se, se o Filipe tivesse chegado ao Flamengo na minha gestão, teria sido tão adequada a sintonia dele com elenco e com o clube. Então acho que foi uma combinação de fatores interessante. Eu acredito que eu tenha méritos de mantê-lo. Tinha muita gente que achava: "ah, mas no modelo de profissionalização é melhor cortar vínculos". Eu não comentei isso à época, mas havia essa dúvida interna, muita gente dizendo: "talvez o Filipe não deva continuar porque ele não tem essa experiência toda".

Filipe Luís ergue a taça da Libertadores diante da torcida na comemoração no Centro do Rio (Foto: PORCIUNCULA / AFP)
Filipe Luís ergue a taça da Libertadores diante da torcida na comemoração no Centro do Rio (Foto: PORCIUNCULA / AFP)

Sobre o futuro e a renovação, BAP foi transparente. Ele expressou seu desejo de manter a comissão técnica pelos dois anos de seu mandato, mas pregou "pés no chão" sobre variáveis que fogem ao controle do clube, como o assédio europeu.

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— O que acontece é que o que nos trouxe até uma determinada situação na vida não significa dizer necessariamente que vai te levar adiante. Então, o Boto tem quer querer ficar, eu tenho que querer ficar com Boto, o Filipe tem que querer ficar… Essa parte toda aqui eu acho que ela existe hoje, então conceitualmente eu acredito que haveremos casamento — explicou.

— Agora, tem variáveis que a gente não controla. Nós temos um planejamento de dois anos pro Flamengo, eu adoraria que o Filipe e o Boto tivessem comigo dois anos, eu quero uma relação de longo prazo. Isso é o ideal, mas às vezes o que é ideal não é possível. Às vezes alguém diz "eu quero ficar seis meses, eu quero ir para Europa". Tem algumas coisas que dependem da vontade de cada pessoa. Se depender apenas da escolha do BAP, é óbvio que a gente quer continuar.

'Gastar R$ 1 bilhão para ganhar a p… toda'

Ao comentar sobre a capacidade de investimento para reforçar o elenco, o presidente deu uma declaração forte para ilustrar a saúde financeira do clube, diferenciando "querer gastar" de "poder pagar".

— Se eu tiver que gastar R$ 1 bilhão para continuar ganhando a p… toda, eu posso gastar. Uma coisa é você querer gastar e não poder porque não pode pagar. A decisão de gastar só tem consequência, tem que ter dinheiro para pagar. E quando eu olho dentro desse horizonte de dois anos de planejamento, eu poderia gastar R$ 1 bilhão ano que vem. Devo? Aí entra a avaliação. Vamos caminhar um dia de cada vez.

Rejuvenescimento do elenco

O mandatário também detalhou a lógica matemática por trás das contratações para as próximas janelas, visando diminuir a média de idade do grupo.

— Nós queremos reduzir a idade média do elenco. Você tem que considerar a idade dos que estão hoje; daqui a um, dois anos, vão estar mais velhos. Tem que considerar os jogadores que você contrata esse ano de 26, qual a idade deles, e considerar a idade dos que você vai olhar agora para contratar em 27. Se eu quero um de 25 anos agora, o "Joãozinho" em 27 vai estar um ano e meio mais velho.

Respeito e o preço do sucesso no Flamengo

Por fim, BAP analisou a mudança de patamar do Flamengo desde 2012 e como isso afeta a percepção dos rivais.

— Todo mundo respeita o Flamengo, admira o Flamengo. Até os que nos odeiam reconhecem o trabalho que foi feito aqui. A seriedade e a qualidade do trabalho que foi feito gera respeito, mas gera também ódio. Então, todo mundo quer ser o Flamengo, mas ninguém quer pagar o preço que o Flamengo pagou, por ter passado por aquele período de 6, 7 anos de recuperação. Eu entendo que ali foi um marco importante nessa virada — finalizou.

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