Sócios e conselheiros pedem na Justiça saída da diretoria do Cruzeiro

Entre os autores da ação judicial impetrada, está o ex-presidente da Raposa, Gilvan de Pinho Tavares, apoiador de Wagner Pires nas eleições do clube, em 2017

Gilvan de Pinho Mendes
O ex-presidente Gilvan de Pinho Tavares está envolvido na ação judicial para retirar a atual diretoria do Cruzeiro-(Foto: Reprodução Instagram)

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A crise institucional no Cruzeiro tem novo capítulo. Após um pedido formal do Conselho Deliberativo pelo afastamento da diretoria cruzeirense até o fim da apuração das denúncias de irregularidades no clube, agora é a vez de um grupo de conselheiros e associados sugerir a saída dos atuais mandatários da Raposa.

Os sócios e conselheiros opositores à Wagner Pires de Sá e sua gestão entrou com uma ação ordinária de nulidade do ato de nomeação de Itair Machado ao cargo de vice-presidente do clube, com pedido de afastamento imediato na forma de tutela provisória. A ação judicial foi distribuída nesta quarta-feira, 26 de junho, na 22º Vara Cível de Belo Horizonte.

Entre os autores da peça jurídica está o ex-presidente da Raposa, Gilvan de Pinho Tavares, que foi um dos apoiadores de Wagner Pires nas eleições de 2017 para a presidência do clube celeste. Veja abaixo como foi elaborado o pedido de saída de Itair Machado e da diretoria estrelada, capitaneada por Wagner Pires de Sá.

Em 2017, foi eleito o Sr. Wagner Pires de Sá, candidato da chapa “União – Pelo Cruzeiro, Tudo”, por 235 votos a 200 contra o candidato da oposição Sérgio Santos Rodrigues, da chapa “Tríplice Coroa”. Wagner Pires foi eleito para comandar a agremiação no triênio 2018-2019-2020, sucedendo a administração do então presidente Gilvan Pinho de Tavares, prometendo manter a transparência, ética e a boa administração deixada pela diretoria anterior.

Compõem a atual Diretoria da Agremiação o Presidente Wagner Pires de Sá, o Vice-Presidente Administrativo Hermínio Lopes, o 2º Vice-Presidente Ronaldo Granata, o Vice Presidente Executivo de Futebol Itair Machado (nomeado e não eleito), e o Diretor Geral Sérgio Nonato.

O ato de nomear e empossar o Vice-Presidente de Futebol compete ao Presidente, conforme disposto no Art. 27, II do Estatuto (...).
Ocorre que, o Vice-Presidente Executivo de Futebol Itair Machado foi nomeado pelo Presidente do Cruzeiro Esporte Clube de forma totalmente irregular, porquanto existe em desfavor do Réu Itair condenações trabalhistas, previdenciárias e criminais, em evidente descumprimento do Estatuto do Clube e da Lei vigente (9.615/98 – Lei Pelé).

Se não bastasse isso, há ainda fortes indícios de gestão temerária/fraudulenta junto ao Cruzeiro, sendo necessário seu imediato afastamento.
Desde já, cumpre-nos repisar, consoante ver-se-á no curso da presente petição inicial, que o ato de nomeação do Sr. Itair Machado de Souza para exercer as funções inerentes ao cargo de Vice Presidente Executivo de Futebol resta dotado de nulidade de pleno direito!

Ademais, mister sintetizar que as normas legais e estatutárias violadas, dado seu caráter eminentemente cogente, torna insustentável a manutenção do Sr. Itair Machado de Souza no cargo de Vice Presidente Executivo de Futebol.
Portanto, o afastamento em caráter provisório é ato que se impõe, com consequente decretação de nulidade de sua nomeação no provimento final da demanda (...).

A petição inicial é acompanhada de vários documentos anexados (com o intuito de justificar o pedido de saída de Itair). O dirigente e o Cruzeiro ainda não foram notificados do processo, que acabou de ser distribuído. Isso significa que, oficialmente, o réu ainda não tem ciência dele. Isso deve acontecer nos próximos dias.

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