Conselho do Corinthians sinaliza apoio ao voto do torcedor, mas regras geram embate
Audiência Pública sobre reforma do estatuto aconteceu nesta sexta-feira (5)

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A Neo Química Arena recebeu a segunda audiência pública promovida pelo Conselho Deliberativo do Corinthians para discussão dos principais pontos do antetexto da reforma do estatuto do clube alvinegro. Nesta sexta-feira (5), foi debatido o direito de voto aos membros do Fiel Torcedor.
O encontro promovido pelo Conselho Deliberativo não pôde ocorrer no Parque São Jorge, que estava ocupado por outros eventos, e acabou sendo transferido para a Neo Química Arena. Houve atraso no início devido ao trânsito até o estádio, mas, apesar disso, a reunião registrou boa participação de associados e conselheiros.
A proposta presente no antetexto da reforma do estatuto, apresentada por Tuma, presidente do Conselho Deliberativo, prevê uma nova categoria denominada Sócio do Futebol. Pela sugestão, o torcedor só poderia votar se fosse associado ao programa Fiel Torcedor por pelo menos quatro anos consecutivos, além de pagar, no mesmo período, uma taxa equivalente a um terço do valor do título de sócio patrimonial.
Discordâncias
Muitos conselheiros pediram a palavra para contestar a proposta atual. Entre as demandas, está o fim da obrigatoriedade de uma taxa para que o torcedor tenha direito a voto, argumento sustentado principalmente pela preocupação de que a cobrança possa desmobilizar a participação da torcida.
Augusto Backes, do Coletivo Voz Corinthiana, defendeu a redução do período de carência de quatro para dois anos, além do fim da taxa equivalente a um terço do valor atual. Já Metaleiro, ex-presidente da Gaviões da Fiel, posicionou-se contra qualquer tipo de cobrança, opinião que foi acompanhada por outros participantes. Caetano Baldini, conselheiro do Corinthians, afirmou que a aprovação do voto é um ponto pacífico e que a discussão deve se concentrar não na autorização em si, mas na melhor forma de implementá-la.
Nomes conhecidos da política alvinegra também se manifestaram, como Herói Vicente e André Negão. O candidato da chapa Renovação e Transparência nas últimas eleições do clube foi questionado sobre sua posição em relação à proposta e defendeu a aprovação do texto.
Após muita discussão, e até momentos de dificuldade para organizar as falas, a reunião terminou com um saldo favorável à votação do Fiel Torcedor. Ninguém que se manifestou oficialmente foi contrário à proposta.
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Discussão
As audiências públicas foram solicitadas pelos próprios conselheiros, que decidiram de forma unânime adiar a votação da reforma do estatuto, inicialmente prevista para 24 de novembro. A justificativa foi a necessidade de ampliar o debate sobre os principais pontos da proposta.
Com isso, o presidente do Conselho Deliberativo, Romeu Tuma Jr., agendou dez audiências públicas para discutir as mudanças sugeridas. A primeira delas ocorreu na segunda-feira (1).
As reuniões seguirão até janeiro do próximo ano, quando a reforma deverá voltar à pauta do Conselho Deliberativo para nova votação. Se o texto for aprovado, a decisão ainda precisará ser referendada pelos associados em fevereiro.
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