Voto do Brasil surpreendeu a candidatura vencedora da Copa-2026

Presidente da Federação Americana, Carlos Cordeiro, se "espantou" com decisão da CBF em apoiar o Marrocos. Já Decio De Maria, do México, disse: 'Vão tirar o chapéu para nós'

México, Estados Unidos e Canadá - Copa
A candidatura conjunta entre Canadá, Estados Unidos e Canadá comemoram a vitória (Foto: Kirill Kudryavtsev/AFP)

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A decisão do presidente da CBF, Coronel Nunes, em quebrar o "acordo" da Conmebol em votar em bloco na candidatura tripla de México, Canadá e Estados Unidos, e apoiar o Marrocos na votação para a sede da Copa de 2026, ocorrida nesta quarta-feira, no 68º Congresso da Fifa, em Moscou (RUS), deu o que falar.

Durante a coletiva de imprensa dos três países vencedores da disputa o sentimento era um só: surpresa.


- Foi surpreendente para nós essa mudança de decisão. Quando pegamos a lista para ver a relação de votos e vimos a decisão ficamos surpresos. Mas respeitamos a posição do Brasil, é algo pessoal. O importante é que a maioria nos apoiou. No fim, não vão lembrar daqueles que não votaram na nossa candidatura - declarou o presidente da US Soccer, Carlos Cordeiro.

Já o presidente da Federação Mexicana de Futebol, Decio De Maria, preferiu seguir um outro caminho e foi irônico com o episódio.

- O Brasil ter mudado o voto é um direito deles. Não muda o que aconteceu aqui. Vamos trabalhar muito nos próximos oito anos para, em 2026, após a competição, o Brasil faça uma declaração tirando o chapéu para as sedes - declarou.

Um outro ponto importante das primeiras palavras dos países que serão sede da edição de 2026 foi a relação dos Estados Unidos, na figura do presidente Donald Trump, com o Canadá e, principalmente, com o México. Mas nem o presidente mexicano, tampouco o canadense se preocuparam com o fato.

- Somos países vizinhos, com uma longa história. Já concordamos e discordamos várias vezes. Mas isso não se aplica a esse grupo conjunto de trabalho desta candidatura. E o futebol, mais uma vez, dará essa resposta de união - declarou Decio de Maria, que teve o discurso endossado pelo presidente da Federação Canadense, Steve Reed:

- Não vou entrar no assunto de política aqui. Mas tivemos, durante o nosso trabalho de candidatura, o apoio dos nossos três governos. Não tenho dúvidas que faremos um grande trabalho para realizar esta edição da Copa - disse.

A Copa do Mundo de 2026 será histórica, uma vez que é a primeira vez que uma edição de Mundial será sediada por três países simultaneamente. Além disso, são grandes as chances de ser a primeira edição com 48 seleções, uma vez que o Qatar, que vai receber o torneio de 2022, ainda não tem este novo formato assegurado.

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