Copa do Mundo de estrela da França é destaque na imprensa: ‘De volta à primeira prateleira do futebol mundial’

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A classificação da França às semifinais da Copa do Mundo passa pelos pés de Antoine Griezmann. O camisa 7 vem fazendo grandes jogos, quebrando recordes e marcas pessoais e, por isso, a imprensa tem dado destaque ao desempenho do meia de 31 anos. Nesta segunda, Griezmann foi a capa do jornal espanhol "Marca". O tradicional "The Times", da Inglaterra, também fez uma reportagem especial explicando porque o francês está "entre os maiores do futebol internacional".

"Qatar devolve Antoine à primeira prateleira mundial. O francês se adaptou ao papel de garçom e superou Henry e Zidane: "Não sou obcecado pelo gol", disse antes de brigar pela segunda final", publicou o "Marca" sobre o meia que passou por Real Sociedad e Barcelona e defende o Atlético de Madrid.

"Como você avalia a carreira de Griezmann em clubes?", começa o The Times, antes de levantar os números do francês. São 234 gols em 617 pelos clubes espanhóis. No entanto, o desempenho e a fama do atleta não é representada em títulos. Griezmann foi campeão da Supercopa da Espanha de 2014 e da Europa League 2017/18, pelo Atlético, e da Copa do Rei de 2020/21, pelo Barcelona. E só.

A reportagem do "The Times" avança mostrando como Griezmann foi decisivo na Copa do Mundo de 2018. Além dos quatro gols, o camisa 7 foi um dos melhores atletas dos Bleus em jogos-chave. É considerado, por muitos, o melhor jogador daquele Mundial, apesar de Luka Modric, croata e vice-campeão ter sido eleito. Eden Hazard, da Bélgica, ainda ficou à frente do meia francês, em terceiro.

A NOVA FUNÇÃO NO MEIO DE CAMPO

Na Copa do Mundo da Rússia, a França foi campeã atuando com um meio de campo formado por Kanté, Pogba, Matuidi e Griezmann. Assim, o camisa 7 era o homem mais próximo aos atacantes Mbappé e Giroud, tendo liberdade para "pisar na área". Tanto que, ao lado de Mbappé, terminou o Mundial de 2018 como o artilheiro da seleção - ambos com quatro gols marcados na campanha.

O sistema foi alterado para o Mundial de 2022. No Qatar, Didier Deschamps montou uma equipe com três atacantes (Mbappé pela esquerda, Dembélé pela direita e Giroud centralizado), com o meio de campo com três nomes: os volantes Tchouaméni e Rabiot e Griezmann. Assim, a responsabilidade defensiva do camisa 7 cresceu, mas o meia segue contribuindo no campo de ataque. Apesar de não ter feito gols (ainda), Griezmann é o principal garçom da seleção e da Copa.

OS RECORDES DO CAMISA 7

Ao participar de todas partidas da França na Copa do Mundo - foi titular em quatro e saiu do banco contra a Tunísia -, Antoine Griezmann alcançou uma marca inédita ao participar dos últimos 72 jogos da seleção. O camisa 7 não fica de fora de uma única partida dos Bleus desde junho de 2017.

Se ainda não marcou gols na Copa do Qatar, Griezmann tem contribuído de forma decisiva na construção das jogadas. Foram três assistências no Mundial até as quartas de final, o colocando como o maior garçom da história da seleção francesa, com 28, superando Zidane e Thierry Henry.

Com 115 partidas, Griezmann está a um jogo de igualar Marcel Desailly e entrar no Top-5 de atletas com mais jogos pela seleção. O recordista é Hugo Lloris, com 143. O camisa 7 ainda é o terceiro maior artilheiro da história dos Bleus, com 42 gols. Thierry Henry (51) e Giroud (53) estão à frente.