Keisuke Honda ‘acorda’ e é ponto alto na eliminação do Botafogo

Meio-campista tem atuação tímida no primeiro tempo, mas se apresenta para o jogo e lidera ações ofensivas do Alvinegro na etapa complementar

Honda - Botafogo
Honda em ação contra o Fluminense (Foto: Vítor Silva/Botafogo)

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O Botafogo terá mais de 30 dias livres com o objetivo de se preparar para o Campeonato Brasileiro. O empate sem gols com o Fluminense - que tinha a vantagem da igualdade -, no último domingo, no Nilton Santos, representou a última participação do Alvinegro no Campeonato Carioca. O duelo, contudo, teve uma notícia positiva: um Keisuke Honda participativo.

No quarto jogo do japonês pelo Botafogo, o camisa 4 foi um dos principais jogadores da equipe comandada por Paulo Autuori no duelo. Dos pés dele, o Alvinegro criou duas das melhores chances que teve no segundo tempo: em uma, Danilo Barcelos acertou a barreira em falta na entrada da área; na outra, a finalização de Bruno Nazário parou na trave.

A atuação de Honda no Clássico Vovô não foi positiva o tempo inteiro. No primeiro tempo, ainda preso no campo defensivo e longe das ações da bola, pouco contribuiu para a criação de jogadas do Botafogo. A coisa começou a andar na etapa complementar, quando o japonês se soltou e passou a comandar os ataques do Glorioso.

Mesmo do círculo central, Keisuke Honda era o cérebro do Botafogo. Em uma espécie de regista, achava passes em profundidade e quebrava linhas de marcação com frequência. Como atuava ainda longe dos meias de ofício, não convivia com uma marcação individual - e, consequentemente, tinha mais espaço para pensar e passar.

- As pessoas só veem malabarismos. Ele joga e faz jogar. Passes verticais, rompeu as linhas de verticais. A jogada da trave do Bruno Nazário foi assim. O Honda estava parado há muito tempo. Fez um jogo e teve que parar. É um jogador que tem se adaptar principalmente em termos culturais no futebol brasileiro. Ele até me perguntou no final do jogo sobre o regulamento. Passo a passo ele vai participar muito mais. É um jogador que participa de maneira simples. Joga e faz a equipe jogar - afirmou Paulo Autuori, após a partida.

O japonês não se destacou apenas pela distribuição. Honda foi o jogador do Botafogo com mais desarmes na partida - quatro, ao todo. Também ficou marcado pela cobertura de espaços e ajuda na defesa. Com preparo físico, correu durante os 90 minutos. Ajudava na defesa e já se projetava à frente para acionar um companheiro de ataque.

Honda não necessariamente precisou aparecer no terço final do gramado para criar chances. Os últimos 45 minutos do clássico foram animadores e mostram que o meio-campista pode agregar ao Botafogo. A atuação ainda não foi das melhores, mas o desempenho individual do japonês traz esperança.

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