Novo CT do Bahia será parecido com o do Manchester City? Veja semelhanças e diferenças
CEO do Grupo City apresenta projeto estimado em R$ 300 milhões para o Tricolor

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O Bahia deu mais um passo importante para se consolidar como uma força regional na última segunda-feira, quando o CEO do Grupo City, Ferran Soriano, apresentou o projeto do novo centro de treinamento do clube, estimado em R$ 300 milhões, e que tem potencial para ser um dos melhores da América do Sul. O executivo também afirmou que o City Football Academy Bahia, com finalização prevista para dezembro de 2027, será o segundo maior da rede de 13 times do conglomerado, só atrás do Manchester City.
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O Lance!, então, trouxe algumas semelhanças e diferenças entre os dois complexos que serão referências dentro do Grupo City.
— Todos os talentos baianos podem se desenvolver em uma estrutura com o melhor nível do mundo. Não precisarão sair da Bahia. O City Football Academy Bahia é parte de uma rede mundial, que terá uso de tecnologia, inteligência artificial e um acompanhamento de profissionais que fazem parte do projeto. O CFA Bahia será o segundo maior da rede, só atrás do Manchester. Esse centro estará conectado para o mundo, como uma rede — afirmou Ferran Soriano.
Similaridades entre o projeto do Tricolor e do Manchester
Logo de cara, é importante destacar que, mesmo com 13 clubes no portfólio, esse novo CT do Bahia será o nono com o padrão "City Football Academy" no conglomerado. O Melbourne City (Austrália), New York City (EUA), Palermo (Itália), Lommel (Bélgica), Girona (Espanha), Montevideu City Torque (Uruguai) e Bolívar (Bolívia) têm centros de treinamento construídos nesta mesma lógica.
Mas qual é a ideia por trás do City Football Academy? A intenção do grupo é criar um complexo esportivo que possa abrigar todas as áreas de funcionamento do clube e favoreça a formação de talentos, com a infraestrutura necessária. O lema é construir "muito mais que um CT".
— Não são só campos, é onde será formado o futuro do Bahia. É um centro de treinamento com o maior nível do mundo. Será um centro técnico e cultural — complementou Ferran.

Não à toa, o novo centro de treinamento do Bahia vai ter 12 campos, que serão utilizados pelos times masculino, feminino e categorias de base, um mini-estádio com capacidade para mil pessoas, centro administrativo, alojamentos e até hotel. Tudo isso está incluso no "jeito City" de construir centros de treinamento.
Tanto na Inglaterra quanto no Brasil, as obras também são comprometidas, de acordo com o Grupo City, com as questões ambientais. Em Manchester, por exemplo, é utilizado um sistema para irrigar os campos com a água da chuva. Já na Bahia, foi assinado, junto ao governador Jerônimo Rodrigues, um termo de viabilidade ambiental para a construção, além de ser cogitada até mesmo a implantação de uma Área de Proteção Ambiental na região do CT.
Diferenças da Bahia para Inglaterra

A primeira disparidade das duas construções é o preço. Inaugurado em 2014, o complexo do Manchester City, construído onde antes funcionava uma indústria química, custou mais de R$ 1 bilhão ao conglomerado árabe. A obra do Bahia, na Via Metropolitana (BA-535), em Camaçari, está orçada em R$ 300 milhões.
A localização é outro ponto que chama a atenção. Enquanto o CT do City está próximo ao coração de Manchester, a 10 minutos de carro do Centro e a poucos passos do Etihad Stadium, que está dentro do complexo, o Bahia vai precisar se deslocar para seus compromissos. As novas instalações do Tricolor estarão a 15 minutos do aeroporto, 40 minutos da Arena Fonte Nova e 45 do Centro de Salvador. Ainda assim, é uma aproximação considerável em relação ao atual CT Evaristo de Macedo, no município de Dias D'Ávila.
Por fim, como já é de se imaginar, as dimensões são um pouco maiores em Manchester, mas a lógica segue a mesma. Enquanto na Bahia são 12 campos, na Inglaterra são 16. Já o mini-estádio do Tricolor que terá capacidade para mil espectadores é bem menor do que o do City, com espaço para sete mil. Ainda assim, o terreno disponível para a construção em Camaçari (560 mil metros quadrados) é maior do que a utilizada em Manchester (323 mil metros quadrados).

Mas independente das diferenças, que variam de acordo com a cidade, é uma verdadeira obra "tamanho G" que deve seguir um padrão de qualidade e, de fato, elevar o patamar do Bahia e do esporte na região Nordeste.
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