Com direito a volta olímpica, líbero Escadinha faz discurso de despedida

Após vitória sobre Portugal, jogador e Bernardinho foram homenageados em Brasília

Escadinha
Escadinha no duelo com Portugal (Foto: Divulgação CBV)

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Ao término de Brasil x Portugal, no Mané Garrincha, em Brasília, um pódio foi montado no meio da quadra para duas homenagens.

O primeiro a subir foi o técnico Bernardinho. Ele recebeu da Confederação Brasileira uma medalha alusiva ao título olímpico conquistado há duas semanas. Na sequência foi a vez do líbero Serginho Escadinha.

Muito aplaudido pelos cerca de 40 mil torcedores que estiveram no jogo, ele pegou o microfone para discursar. Uma mensagem de encerramento para a carreira na Seleção que acabava de terminar.

- Minha mãe me deu uma bola de vôlei, mas achava que era de futebol. Através desta bola eu alcancei uma monte de coisas, ao lado dos meus amigos aqui (apontando para os demais companheiros). Se meu sonho se tornou realidade, acho que o sonho de qualquer pessoa pode se tornar também - disse ele, sendo interrompido pelos aplausos.

Na sequência, espaço para o bom humor típico do jogador.

- Uma coisa que me deixa muito feliz ao sair daqui hoje é não ter que ouvir mais esse cara pegando no meu pé - disse, apontando para Bernardinho.

Escadinha continuou, de volta ao tom mais sério, citando nominalmente os integrantes da comissão técnica:

- Bernardo, Tabach, Rubinho, Juba, Dr. Ney, Robertinha, toda a comissão, até o Chico dos Santos, que esteve conosco. Agradeço por vocês terem me lapidado como jogador para que eu tivesse me tornado uma referência dentro da quadra. Agradeço de coração. Se vocês precisarem de mim eu estarei à disposição.

Depois do discurso, ele e os demais jogadores da Seleção deram uma volta olímpica pelo gramado. Empunhando uma bandeira do Brasil, Escadinha, nitidamente emocionado, se despediu dos torcedores. Na entrevista ao deixar o gramado, ele voltou a repetir uma espécie de "mantra" que ele fazia questão de repetir ao término de cada jogo na Olimpíada.

- Você perde certas coisas da vida que o dinheiro não traz de volta. Quero estar mais perto da família, dos meus filhos. Amanhã é levar os filhos na escola, lavar o carro, ir no banco, fazer almoço. Descansar e seguir a minha vida.

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