ANÁLISE: Vasco precisa de reforços, mas também de cobrança, senso de urgência e autocrítica

Discurso conservador não condiz com a realidade do torcedor, que espera no mínimo uma vitória contra o Nova Iguaçu

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Alexandre Mattos está prestes a completar dois meses no Vasco, mas ainda não conseguiu emplacar (Leandro Amorim/Vasco)

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A péssima atuação do Vasco na derrota para o Nova Iguaçu escancarou ainda mais a necessidade de reforços, mas também colocou em xeque a credibilidade de Alexandre Mattos e Ramón Díaz, profissionais que precisam ser cobrados e já começaram a receber as primeiras críticas dos torcedores. O diretor de futebol por não ter conseguido realizar contratações de peso. Já o treinador, por não ter dado um padrão ao time, principalmente ao setor ofensivo.

A qualidade do elenco caiu bastante com as vendas de Marlon Gomes e Gabriel Pec, e com Orellano pedindo para sair. No entanto, a situação se agrava quando analisamos os reforços que chegaram. David fez o quinto jogo pelo Vasco, o quarto como titular e ainda não mostrou ao que veio. As temporadas anteriores do atacante também não justificam a sua contratação, já que o jogador não faz um bom ano desde 2021, quando defendeu o Fortaleza. Já Adson, que foi contratado por uma quantia milionária, é tratado como aposta, por ainda não ter sido protagonista na carreira.

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Esses perfis de contratações vão na contramão do que se esperava de Alexandre Mattos, que sempre se destacou no mercado da bola. No Vasco, o dirigente tem adotado um discurso conservador, projetando um time forte a médio e longo prazo. Só que o Vasco tem problemas a curto prazo. Não tem um centroavante para fazer sombra ao Vegetti, não possui pontas confiáveis, não tem um primeiro volante com status de dono da posição e não há dentro do elenco reposição à altura para Paulinho, que sofreu grave lesão no joelho e só deve voltar no ano que vem. Isso com um orçamento previsto de R$ 250 milhões para o futebol.

Todas essas lacunas são de responsabilidade de Alexandre Mattos, porém Ramón Díaz também merece ser questionado. O treinador não está conseguindo tirar o melhor dos seus jogadores e tem abusado das variações táticas, impactando diretamente na criação de uma identidade ao time. O Vasco já jogou no 4-1-4-1, 3-4-1-2, 4-3-3 e 4-2-4. Em todas as formações a equipe foi previsível e burocrática, sendo refém do talento de Payet, que participou diretamente de cinco dos seis gols marcados pelo time principal na temporada.

O Vasco tem encaminhada as contratações do goleiro Keiller, do lateral-esquerdo Victor Luís, e dos volantes Sforza e Pablo Galdames. Não há dúvidas que vão melhorar a qualidade do elenco, porém não resolverão os problemas do Vasco, que estão principalmente no setor ofensivo.

Domingo tem clássico com o Flamengo, no Maracanã. A única novidade deve ser Adson, que já está regularizado. Pouco para encher o vascaíno de confiança. A esperança está apenas em Payet, a única grande notícia de 2024.

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