Sócios do São Paulo elegem 80 conselheiros em pleito acirrado


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Reforma do estádio do Morumbi, poder "ditatorial" de Juvenal Juvêncio, gastos com o CT de Cotia e reformas na Sede Social do clube. A eleição dos 80 novos nomes do Conselho Deliberativo do São Paulo, que acontece neste sábado, foi pautada menos pelos resultados fracos do futebol tricolor na gestão do atual presidente do que por questões extra-campo.

Os cerca de 5 mil sócios com direito a voto elegerão 80 novos conselheiros, com mandato de seis anos, que se juntam aos 155 conselheiros vitalícios para compor o Conselho Deliberativo do clube. Esses 235 conselheiros vão decidir no próximo dia 16, sábado, quem vai substituir o mandatário Juvenal Juvêncio no comando do São Paulo: o situacionista Carlos Miguel Aidar, que já presidiu o clube entre 1984 e 1988, ou Kalil Rocha Abdalla, ex-diretor jurídico na gestão do atual presidente.

- Não saio triste, pois fui um presidende eficaz, que transformou esse clube. Cada centímetro desse clube tem um pouco de mim - disse Juvenal, sobre sua saída da presidência do clube no próximo dia 16.

A votação acontece no ginásio do Morumbi, onde as duas chapas fazem boca-de-urna e ostentam suas cores: amarelo para a chapa Avança São Paulo, de situação, e vermelho para a SPFC forte. O pleito teve início as 9 da manhã e terminará as 17h. Candidatos das duas chapas acreditam que cerca de 2,5 mil votos serão computados durante a tarde deste sábado.

Dentro do ginásio onde os sócios votam, predomina o amarelo da chapa situacionista. Também é possível perceber que a chapa de Aidar tem mais recursos para doar brindes, como camisetas, toalhas e até latas de uma bebida energética de cor amarela. Mas essa vantagem não incomoda as principais cabeças da chapa oposicionista.

- Estou confiante que vamos eleger a maioria dos 80 conselheiros. Não temos a vantagem de ter a máquina a nossa favor. Mas vemos muitas pessoas que não estão felizes com a gestão de Juvenal e que nos apoiaram muito até esse momento. Só o fato de poder discutir democraticamente a política do São Paulo já é um prazer imenso para mim - disse Marco Aurélio Cunha, ex-diretor de futebol do clube.

A tônica da campanha eleitoral deste ano foi o surgimento de uma chapa de oposição nascida no seio da gestão de Juvenal Juvêncio. A SPFC Forte tem como homem forte de campanha o ex-superintendente de futebol do clube, Marco Aurélio Cunha. Em dezembro do ano passado, o grupo de Cunha e Kalil conseguiu barrar a aprovação da reforma do estádio no Conselho Deliberativo, e desde então as chapas trocam acusações sobre o tema. Para a situação, os oposicionistas não queriam que o projeto fosse aprovado com Juvenal. Para a oposição, a gestão de Juvenal é que quis aprovar o projeto "de qualquer maneira", sem atentar a detalhes técnicos da obra.

 Aidar e Kalil se sentem confiantes na eleição do Conselho

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