Marcas da maior tragédia da Copa, que matou duas pessoas em BH, ainda estarão à vista na semifinal

Bastidores da apresentação do Kaká (Foto: Marcio Porto)
Bastidores da apresentação do Kaká (Foto: Marcio Porto)

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As marcas da maior tragédia da Copa do Mundo no Brasil ainda estão à mostra em Belo Horizonte. A retirada dos escombros do viaduto Batalha dos Guararapes, na Avenida Pedro I, a cerca de cinco quilômetros do Mineirão, ainda aguarda a conclusão da perícia, que está sendo feita pela Polícia Civil. Duas pessoas morreram e 22 ficaram feridas na última quinta-feira, dia 3, depois que o viaduto desabou sobre um ônibus e um carro – além de dois caminhões estacionados que faziam parte da obra inacabada.

A construção fazia parte do BRT (Bus Rapid Transit), sistema de transporte rápido que operava desde o início deste ano. Parte das obras está atrasada e, mesmo fazendo parte do Plano da Copa, seria inaugurada apenas no próximo ano.

A Avenida Pedro I é ponto de acesso importante para quem deixa o Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, e segue para o Mineirão. A proximidade do jogo entre Brasil e Alemanha, na próxima terça-feira, pela semifinal da Copa, porém, não deve acelerar a perícia. A Coordenação Municipal de Defesa Civil exige garantias de que o processo de remoção dos escombros não causarão riscos aos operários e moradores da região.

- Não vamos apressar nenhuma ação por causa da data do jogo semifinal da Copa. Nossa prioridade é a segurança dos trabalhadores, dos moradores e do local - disse no último sábado o coordenador de Defesa Civil da capital mineira, o coronel Alexandre Lucas.

O processo tem gerado saia-justa ainda entre a prefeitura de Belo Horizonte e as polícias civil e militar. Ainda no sábado de manhã, a prefeitura autorizou o início da demolição da parte do viaduto que não despencou, necessário para a retirada total dos escombros depois. A Polícia Militar isolou o local e máquinas foram posicionadas, mas o delegado Hugo e Silva, que chefia as investigações, não autorizou o início dos trabalhos. Ele exige que medidas preventivas sejam tomadas para garantir a segurança de moradores que residem em conjunto habitacional ao lado.

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