TIM 4G – Moacyr Luz: “Tinha botão do Onça, do Merica, do Murilo”

Saudosista confesso de jogadores identificados com o Flamengo, comandante do Samba do Trabalhador relembra os grandes momentos que viveu com o Rubro-Negro

Moacyr Luz
Moacyr Luz viu Zico começar nos infantis do Flamengo e fala com nostalgia sobre ídolos (Divulgação)

Escrito por

“Eu sei que o meu peito é lona armada// Nostalgia não paga entrada// Circo vive é de ilusão (eu sei)// Chorei com saudades da Guanabara”. Os versos geniais de Moacyr Luz em “Saudades da Guanabara” falam dos bons tempos do Rio de Janeiro. Mas poderiam ser facilmente adaptados para o clube do coração do compositor. Se Guanabara fosse substituída por Flamengo, o sentimento do sambista em relação ao Rubro-Negro poderia ser traduzido em uma nova canção, que, com certeza, seria sucesso entre muitos torcedores que, assim como ele, lembram com saudosismo dos grandes times formados na Gávea.

Nostalgia à parte, Moacyr é um verdadeiro torcedor TIM 4G, daqueles que sempre estão presentes e disponíveis quando o assunto é o Mengão. Afinal de contas, não é pelo fato de que sente saudade que ele deixa de acompanhar o Flamengo. Sempre que a agenda de shows permite, o sambista se coloca em frente à TV para torcer, independentemente da qualidade ou da fase do time.

Só não espere que Moacyr assista a um jogo do Flamengo às segundas-feiras. Neste dia, ele só tem olhos para uma outra paixão: o Samba do Trabalhador, roda que comanda com maestria há 12 anos no Clube Renascença, no Andaraí, Zona Norte do Rio de Janeiro. Ainda bem que dificilmente o Rubro-Negro atua neste dia da semana, pois enfrentaria a concorrência de um dos programas mais famosos da cidade.

- Gosto da época em que o jogador era identificado com a camisa do clube. Antigamente, todo mundo sabia quem jogava no time. Outro dia, vi um jogo e só identifiquei três ou quatro jogadores. Como músico, sou obrigado a afinar o violão. Hoje, o cara não sabe nem calçar a chuteira. Vi o Zico nascer e crescer no Flamengo. Meu carinho pelo clube continua, apesar de o mundo ter mudado muito – diz o sambista, sem esconder a saudade.

Quando fala que viu Zico nascer no clube, Moacyr não está exagerando. Quando tinha 19 anos, foi convidado pelo tio, Vidal, para ver um jogo dos infantis de Flamengo e Botafogo. Tudo para conhecer um garoto de 14 anos que jogava muita bola. Era o Galinho, que dava os primeiros passos na Gávea e já chamava a atenção. A partir dali, o sambista viu o menino franzino crescer e virar o principal ídolo da nação rubro-negra.

- Gosto do Zico não só pelo futebol dele. Mas por ele ter sido o símbolo maior do Flamengo, um jogador muito identificado. Ver hoje o Zico me perguntando sobre o Samba do Trabalhador é muito orgulho. Mesmo sendo rubro-negro, fiquei muito decepcionado quando o Roberto Dinamite, maior ídolo do Vasco, foi jogar pelo Campo Grande (em 1991). Fiquei muito triste também quando o Bebeto trocou o Flamengo pelo Vasco (em 1989) – relembra ele.

A saudade de Moa, como é chamado com carinho pelos amigos, não está necessariamente ligada ao talento dos jogadores. Prova disto é que, perguntado sobre os ídolos que têm no Flamengo, ele cita alguns nomes de qualidade duvidosa:

- Na minha infância, tinha botão do Onça, do Merica, do Murilo... Gostava de Liminha, Marciano, Caio Cambalhota, Reinaldo, Marinho, Leandro, Rondinelli. Quando o Silva Batuta foi para o Vasco (em 1970), sofri muito. Dos mais recentes, sempre me lembro do time campeão brasileiro de 2009, com Petkovic e Adriano.
Apesar de rubro-negro, Moacyr Luz sempre esteve rodeado por torcedores de outros clubes, sobretudo vascaínos. Um dos grandes amigos dele, e parceiro em cerca de 70 composições, é Aldir Blanc, fã ferrenho do clube de São Januário. Os dois moraram no mesmo prédio por 20 anos, mas as provocações entre ambos envolvendo futebol foram poucas.

- Começamos a fazer música juntos em 1984. Dois anos depois, fiz uma brincadeira com ele após o Flamengo ganhar o título estadual em cima do Vasco. Ele me chamou no canto e pediu para não repetir a provocação. Nunca mais tocamos no assunto, mas nos provocávamos usando o porteiro do prédio, João, como pombo-correio – conta Moa, casado com uma jornalista esportiva, Marluci Martins. – Às vezes, nem quero ver futebol, mas sou quase obrigado.

Pelo visto, a relação de Moacyr Luz com o futebol, sendo saudosista ou não, ainda vai durar por muitos anos.

Patrocinadora de Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco, a TIM contará a história de outros torcedores famosos que dão “a maior cobertura”, “que estão sempre presentes” e “disponíveis” para o seu time. Afinal, os quatro maiores times cariocas merecem a maior cobertura 4G do Rio e as melhores histórias para serem compartilhadas.

News do Lance!

Receba boletins diários no seu e-mail para ficar por dentro do que rola no mundo dos esportes e no seu time do coração!

backgroundNewsletter