Nobre faz empréstimo ao Verdão para suprir ‘ausência’ da Crefisa

Patrocinadora rediscute o contrato com o Palmeiras e não fará pagamentos enquanto não houver definição. Nobre cobriu as despesas de março e deve fazer o mesmo em abril

Paulo Nobre dá entrevista (Cesar Greco/Ag Palmeiras)
Paulo Nobre já havia colocado mais de R$ 9 milhões no caixa em fevereiro (Cesar Greco/Ag Palmeiras)

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Paulo Nobre fez um novo empréstimo ao Palmeiras para cobrir o buraco deixado pela Crefisa. O presidente colocou pouco menos de R$ 6,5 milhões nos cofres do clube em março - este é o valor que a patrocinadora deveria ter depositado no dia 1º, mas não o fez porque rediscute algumas cláusulas do contrato.

O pagamento de abril, que deveria ser feito nesta sexta-feira, também não deve ocorrer, uma vez que as conversas entre Palmeiras e Crefisa para reformular algumas cláusulas do contrato ainda não tiveram um desfecho. Com isso, é provável que Nobre faça um novo aporte. Ele deve ser ressarcido assim que a parceira quitar seus débitos.

O presidente não colocou dinheiro no clube em fevereiro, último mês em que a Crefisa depositou os R$ 6,5 milhões referentes a patrocínio e aos custos mensais de Lucas Barrios. Em janeiro, ele emprestou R$ 8,9 milhões para manter o fluxo do caixa antes da entrada de receitas previstas. O valor será devolvido no decorrer do ano, com juros que não passam de 1%. 

Entre 2013 e 2015, Nobre já havia emprestado mais de R$ 150 milhões ao Palmeiras.  A dívida foi abatida em R$ 43 milhões quando o presidente tornou-se dono dos direitos econômicos de Leandro, Mendieta, Allione, Tobio, Mouche e Cristaldo. O restante tem sido devolvido ao mandatário de forma parcelada: uma parte vem dos 10% da renda bruta mensal do clube e outra em parcelas de R$ 800 mil, também mensais.

O imbróglio com a Crefisa
​A Crefisa decidiu suspender o pagamento ao Palmeiras depois de o clube estampar a marca de seu programa de sócio-torcedor na camisa usada no jogo contra a Ferroviária, que teve transmissão da TV aberta. A patrocinadora argumenta que paga R$ 66 milhões anuais justamente para que suas marcas (Crefisa e Faculdades das Américas) sejam exclusivas no uniforme.

Maurício Galiotte, vice-presidente do Palmeiras, é quem conduz as tratativas com a empresa. A Crefisa quer estabelecer em contrato uma multa de R$ 2,5 milhões a cada vez que o time entrar em campo sem submeter o uniforme à aprovação dos parceiros antes. O Verdão quer que esse valor seja de R$ 1 milhão, e por isso ainda não há uma conclusão.

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