Érika Miranda leva o bronze no Mundial de Budapeste

Na categoria meio-leve (52kg), a judoca leva o Brasil pela primeira vez ao pódio da competição iniciada na última segunda-feira

Érika Miranda
Érika Miranda conquistou sua quarta medalha em mundiais ( uma prata e três bronzes)

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Após estreia fraca no Mundial de judô, realizado em Budapeste (HUN), na última segunda-feira, o Brasil viu seu primeiro atleta ir ao pódio nesta terça. Na categoria meio-leve (52kg), Érika Miranda garantiu o bronze e se tornou a maior medalhista brasileira na competição, com quatro conquistas (uma prata e três bronzes).

Aos 30 anos, Érika estreou na competição com vitória por ippon sobre a australiana Tinka Easton, assim como sobre a polonesa Agata Perenc. A brasileira foi derrotada nas quartas de final pela japonesa Natsumi Tsunoda (por ippon no golden score) e foi para a repescagem, onde venceu Distria Krasniqi, do Kosovo, por um waza-ari.

Na briga pelo bronze, Miranda superou a atual campeã olímpica e bicampeã mundial, Majlinda Kelmendi, do Kosovo. A medalha de ouro ficou com a Ai Shishime (JAP) e a prata, com Natsumi Tsunoda (JAP). 

- Eu estou muito feliz, apesar de ter sido um bronze. Eu tive um desgosto exatamente um ano atrás nos Jogos Olímpicos do Rio e me desacreditei bastante. Esse bronze é especial, estou muito feliz - comentou Érika, que completa:

- Na minha preparação para o Mundial eu participei de um treinamento de campo internacional na Eslovênia, onde pude treinar com muitas atletas fortes da minha categoria e as duas, Krasniqi e Kelmendi, estavam lá, treinamos juntas. Foi fundamental para este Mundial, onde precisei passar exatamente por elas nas lutas finais.

Nesta manhã, Sarah Menezes (52kg) e Charles Chibana (66kg) também entraram no tatame. Sarah estrou com vitória por ippon sobre a americana Nieke Nordmeyer, mas caiu nas oitavas para a japonesa campeã mundial Ai Shishime.

- Fiz um Mundial razoável. Ainda preciso melhorar na questão da força, pois é muito diferente do ligeiro para o meio-leve. A parte técnica e de movimentação a gente iguala, mas a força ainda falta. Venho trabalhando a parte física para melhorar isso, mas ainda estou me adaptando - avaliou a campeã olímpica que, no início deste ano, subiu da categoria até 48kg para a 52kg.

Charles também estreou com vitória, por waza-ari, contra o cazaque Azamat Mukanov. Porém, parou na segunda rodada contra o francês Kilian Leblouche. A luta terminou, no tempo normal, empatada com duas punições para cada atleta. No golden score, Chibana recebeu a terceira punição e se despediu do Mundial.

-Quando a vitória não vem é bem frustrante, sendo início ou final de ciclo. A derrota é igual em todos os aspectos. O que a gente aprende no judô é cair e levantar e buscar um resultado melhor", comentou o brasileiro após sua quarta participação em Mundial.

Na quarta-feira, o Brasil será representado pela campeã olímpica Rafaela Silva (57kg) e por Marcelo Contini (73kg). As preliminares começam às 5h (horário de Brasília) e as finais serão a partir das 11h.

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