Barcos da Volta ao Mundo encaram desafio de desviar de algas marinhas

Velejadores se deparam com o Mar de Sargaços na subida rumo a Newport (EUA). Team Brunel lidera corrida, seguido pelo Dongfeng. Equipe de Martine Grael está em penúltimo

Velocidade versus algas na oitava etapa da Volvo Ocean Race
Algas marinhas estão no caminho dos barcos da Volvo Ocean Race (Foto: Rich Edwards/Volvo Ocean Race)

Escrito por

As equipes que disputam a oitava etapa da Volvo Ocean Race, entre Itajaí e Newport (EUA), têm mais um desafio no Oceano Atlântico, além de encontrar as melhores rajadas: desviar das algas marinhas. O chamado Mar de Sargaços, por conter espécies Sargassum, impõe dificuldades aos barcos, que perdem velocidade. A faixa vai do Caribe à costa sul dos Estados Unidos. A previsão é que os barcos comecem a chegar ao destino no dia 8 de maio.

Os sargaços tem criado problemas para os marinheiros desde os tempos de Cristóvão Colombo e agora, mais de 500 anos depois, continua atrapalhando os melhores velejadores do mundo na Volvo Ocean Race. A alga pode grudar na quilha ou no leme e reduzir a velocidade da embarcação.

- É muito chato, porque podemos ver como a velocidade do barco diminui, e às vezes até perde a direção. O leme está cheio de algas e não permite que navegue normalmente - explicou o espanhol Pablo Arrarte, do MAPFRE.

- Há algas em todo o lugar e elas cheiram - disse o tripulante Alex Gough, do Sun Hung Kai / Scallywag. 

A perna tem liderança provisória do Team Brunel, seguido por Dongfeng Race Team, mais de 17 milhas náuticas atrás. Apesar das algas, os barcos da frente conseguiram andar bem nas últimas 24 horas. O holandês AkzoNobel, que tem a brasileira Martine Grael, ocupa a sexta e penúltima posição.

Líder na semana passada, o Turn The Tide On Plastic vê Brunel e Dongfeng mais a norte. Eles tentam a primeira vitória na regata.

- É uma abundância de erva daninha sargassum. O barco parece mais um jardim agora com arbustos verdes em toda parte. A gente tenta controlar o barco, mas tem hora que não dá - disse a comandante Dee Caffari.

Traçando uma linha horizontal, a flotilha está na altura de Trinidad e Tobago. Mas bem longe da costa! Os próximos desafios no Atlântico Norte e as ilhas do Caribe.

Faltam 2.200 milhas náuticas para o fim da oitava etapa. Os barcos devem percorrer ao todo 5.70 milhas náuticas da brasileira Itajaí (SC) até Newport (Estados Unidos).

News do Lance!

Receba boletins diários no seu e-mail para ficar por dentro do que rola no mundo dos esportes e no seu time do coração!

backgroundNewsletter