Brasileiro feminino-2016 começa nesta quarta-feira em busca de evolução

Quarta edição da competição reúne um número maior de clubes grandes (sete) e a necessidade cada vez maior de visibilidade e prestígio

Rio Preto
Rio Preto é o atual campeão do Campeonato Brasileiro Feminino (Foto: Divulgação)

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O Campeonato Brasileiro Feminino começa nesta quarta-feira a sua quarta edição. Novamente 20 clubes buscam ser o melhor do país, posto que pertence atualmente ao Rio Preto (veja a fórmula de disputa abaixo). No entanto, o torneio deste ano promete equilíbrio e uma maior atenção de todos.

O primeiro ponto para a promessa de uma competição mais atrativa é a quantidade de clubes de camisa. Se ano passado eram apenas quatro, agora serão sete, entre eles Corinthians, Vasco e Vitória-BA. Algo que deixa o técnico da Seleção feminina, Vadão, atento:

– Acredito que o equilíbrio e competitividade neste Brasileiro será o maior até aqui, sobretudo porque boas jogadoras deixaram o país neste momento. Então isso fará com que as equipes estejam no mesmo nível, sem um grupo apenas restrito na disputa do título.

A frase do comandante brasileiro faz sentido. Afinal, os clubes chamados grandes não costumam ditar as regras até aqui. São os tradicinais investidores da modalidade que estão dando as cartas:

– É claro que é importante a entrada dos clubes de camisa. Mas é preciso também valorizar o trabalho de equipes que tem em sua raíz o futebol feminino, como o São José – afirmou o coordenador de futebol feminino da CBF, Marco Aurélio Cunha, que vê o campeonato e a modalidade em mais um degrau de evolução:

– Ainda existem clubes muito frágeis, que querem que você pague tudo. Outras que fazem participações pontuais. Ainda vejo muito a fazer e a evoluir no Brasileiro. A edição deste ano será mais um degrau para isso.


SiSTEMA DE DISPUTA

O Brasileiro será dividido em quatro fases. Na primeira, os 20 clubes estão divididos em quatro grupos de cinco. Se classificam os dois primeiros.

Grupo 1: Santos, Portuguesa, Ferroviária-SP, Tiradentes-PI e Iranduba- AM
Grupo 2: Vasco, Corinthians, América-MG, Rio Preto-SP e Centro Olímpico
Grupo 3: Vitória-BA, Caucaia, Pinheirense-PA, São José e Foz Cataratas
Grupo 4: Viana-MA, Vitória-PE, São Francisco-BA, Duque de Caxias e Flamengo 

A segunda fase os oito classificados serão divididos em dois grupos. Novamente os dois melhores de cada chave avançam à semifinal. Os vencedores decidem o título.

Com a palavra
Vadão (técnico da Seleção feminina)

A entrada dos grandes clubes é muito importante para a competição. Quando se lamenta a ausência de um maior número deles é por conta justamente de uma melhor estrutura, condições de trabalho para as atletas. Os menores também têm sua importância e precisam seguir nesse mesmo ritmo para o desenvolvimento ainda maior da modalidade.

Acredito que o equilíbrio e competitividade neste Brasileiro será o maior até aqui, sobretudo porque boas jogadoras deixaram o país neste momento. Então isso fará com que as equipes estejam no mesmo nível. Na segunda fase, através do draft, essas jogadoras serão distribuidas. Dessa forma, não vejo um campeonato centralizado apenas em quatro ou cinco forças.

Apesar de hoje termos uma Seleção feminina permanente, onde mapeamos cerca de 30, 32 jogadoras, nada impede que um nome novo se destaque na competição e ganhe uma oportunidade para a Olimpíada.

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