‘Resgatado’ pela mulher, Giovanni Augusto quase foi para o Palmeiras

No Dia dos Namorados, meia do Corinthians vai para o Dérbi com motivação especial: homenagear a esposa, responsável por sua volta por cima. Ele quase foi para o rival...

Giovanni Augusto homenageando a mulher e o Corinthians
<br>Foto: Mauro Horita/Lancepress!

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Quando Giovanni Augusto vivia uma das fases mais delicadas da carreira, em 2013, não foi nenhum técnico, companheiro ou dirigente que o ajudou a abandonar baladas e vida agitada fora de campo e priorizar o futebol. Quem o “resgatou”, como ele mesmo diz, foi Izabel Kulkamp, sua então namorada e hoje esposa e mãe de seu único filho, Vittório, de dois anos.

E se a cada vez que entra em campo o camisa 17 do Corinthians pensa na companheira, neste domingo a atuação no clássico contra o Palmeiras será ainda mais em homenagem a ela. No Dia dos Namorados, o meia quer homenagear uma das maiores responsáveis por sua volta por cima nos gramados e ajudar a equipe a seguir líder do Campeonato Brasileiro.

– É uma data muito especial, até porque eu e minha esposa acabamos de fazer quatro anos juntos, então é um momento de muita alegria. Realmente ela entrou na minha vida só para somar, resgatou minha carreira e minha vida. O mínimo que posso fazer é ter o respeito por ela enquanto estivermos juntos, que eu creio ser para sempre, e procurar ser um marido e pai que eles tenham orgulho – disse, em entrevista ao LANCE!.

Giovanni Augusto conheceu Izabel quando ainda jogava no Criciúma. Depois, ele foi para o Náutico e viveu os piores momentos da carreira. Dispensado, ele tinha dificuldades para encontrar um novo clube, pois era rotulado como baladeiro e problemático. A mulher, então, foi determinante para a volta por cima.

– Ela disse que estaria do meu lado independentemente de qualquer coisa, porque acreditava na minha pessoa e no meu futebol. Ela falou que eu precisava focar no futebol, porque podia chegar. Acabou que eu fui acordando para a vida e consegui focar. Ela me deu força quando eu mais precisei – conta o meia.

Ano passado, em litígio contra o Atlético-MG, ele entrou na Justiça tentando rescindir com o Galo para ir para o Palmeiras. A transferência acabou não dando certo... para alegria da Fiel e do próprio Giovanni.

– Fico feliz de hoje estar vestindo a camisa do Corinthians, mas por pouco não joguei no Palmeiras. Hoje eu me sinto o homem mais feliz do mundo de vestir essa camisa!

"Espero um jogo de decisão de campeonato. A equipe do Palmeiras vem querendo marcar pressão, impor o ritmo, mas estamos preparados."

O que espera para esse clássico contra o Palmeiras, fora de casa?
Espero um jogo de decisão de campeonato. A equipe do Palmeiras vem querendo marcar pressão, impor o ritmo, mas estamos preparados. Tivemos uma excelente semana de trabalho, colocamos o que fizemos de bom e ruim no último jogo e melhoramos. Acredito que o torcedor que vai acompanhar é quem ganha. Espero nossa torcida possa sair feliz.

Você fala muito da força que sua mulher te deu. Qual foi o momento decisivo para você reagir?
Minha mulher estava grávida, e paramos para conversar porque eu estava há três meses esperando um clube, sem jogar. Ela pediu para eu ver o que estava fazendo da carreira, disse que só dependia de mim ter sucesso. Decidi que não ia mais prejudicar minha vida e minha família. Estava jogando a minha carreira no lixo, mas a partir daquele dia a gente se firmou, fez um compromisso de um ajudar o outro e dali para frente as coisas começaram a acontecer para mim.

Ela participa de todas as suas decisões?
Participa muito, até porque temos uma amizade muito grande, mesmo sendo marido e mulher. Conversamos bastante, compartilhamos tudo o que acontece um com o outro. Sempre que tem alguma decisão importante para tomar a gente senta e conversa, é o melhor caminho. Na minha chegada aqui ao Corinthians ela quis vir, até porque tem uma prima que mora aqui perto, está se dando muito bem em São Paulo. E em se tratando de Corinthians não tinha como ser melhor.

"Conversamos bastante, compartilhamos tudo o que acontece um com o outro. Sempre que tem alguma decisão importante para tomar a gente conversa"

Como começou a história de vocês?
Começou em 2012, quando eu fui jogar no Criciúma. A gente se conheceu lá. Ela é de lá e tinha uma amiga que namorava um amigo meu e nos apresentou. Foi aquela história de amor à primeira vista, não tem outra explicação. Eu lembro que a gente ficou pela primeira vez e dois dias depois ela estava praticamente em casa, não saíamos mais. Aí surgiu essa alegria, essa amizade nossa, que só cresceu. Agradeço a Deus por ter colocado essa pessoa tão especial na minha vida.

E o filho nasceu quando?
Veio em 2013, quando eu estava no Náutico. Lembro muito bem da notícia, porque eu estava concentrado para jogar, era início do ano, pré-temporada e ela me ligou dizendo que suspeitava estar grávida e iria fazer exame. Fiquei muito feliz, porque a gente queria. E depois que ele nasceu foi só para comprovar que criança é coisa de Deus, e eu agradeço por ter um filho tão lindo, feliz e cheio de saúde. Fico muito feliz por Deus ter me abençoado com duas pessoas tão especiais.

Pensam em ter outro?
Então... Ela está meio que "fitness" agora, né? Disse que quer se cuidar mais um ou dois anos, e depois vamos querer ter mais uma criança.

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