Caso Alyson: Após denúncias, diretor deve deixar base do Corinthians

José Onofre de Souza Almeida, que ocupa a chefia do departamento desde a posse de Roberto de Andrade, se reunirá com o presidente, mas não deve permanecer no cargo

Caso Alyson - Conversa entre empresário e dirigentes
(Foto: Reprodução)

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As denúncias do empresário norte-americano Helmut Niki, que alega ter pago 110 mil dólares (cerca de R$ 390 mil) por 20% dos direitos econômicos de um jogador da base do Corinthians que nunca recebeu e também uma carta de procuração sem validade, seguem causando polêmica no clube. O presidente Roberto de Andrade promete tomar providências e punir culpados, e nesta quarta-feira deve realizar algumas reuniões no Parque São Jorge. Uma das medidas a serem adotadas é a demissão de José Onofre de Souza Almeida, diretor das categorias de base do Timão.

A saída do cartola é dada como certa nos bastidores do clube. Embora Helmut Niki diga que todos os pagamentos foram feitos ao ex-gerente da base Fábio Barrozo, que deixou o cargo no último mês, Onofre também manteve conversas com o agente norte-americano e teve viagem custeada por ele aos Estados Unidos.

Em dossiê entregue à cúpula alvinegra, há trocas de mensagens via WhatsApp entre o diretor da base e Helmut Niki. O LANCE! tentou contato com Onofre, mas ele não aceitou os telefonemas da reportagem.

Mais do que "passar a base à limpo", o presidente Roberto de Andrade tem a preocupação de escolher um novo gerente e, muito provavelmente um novo diretor, que agradem tanto ao grupo político da situação, como membros da oposição corintiana. O cuidado é para não aumentar ainda mais a turbulência política causada pelas denúncias recentes.

Roberto de Andrade já havia cogitado uma reformulação da base no passado, mas foi demovido da ideia por aliados.

José Onofre assumiu a diretoria de base do Corinthians no início da gestão do presidente Roberto de Andrade, da chapa Renovação e Transparência, em fevereiro de 2015. 

Na última segunda-feira, o diretor adjunto de futebol do Corinthians, Eduardo Ferreira, negou envolvimento do futebol profissional no escândalo da base e prometeu investigação e punição aos envolvidos. Segundo ele, o departamento jurídico do clube havia aberto sindicância interna para apurar o caso, que causou racha interno.

Helmut Niki Apaza conduziu a negociação para comprar 20% dos direitos do garoto Alyson Motta, de 16 anos, com Fábio Barrozo, ex-gerente das categorias de base do clube, que deixou o cargo no último mês, e o conselheiro Manoel Ramos Evangelista, conhecido como Mané da Carne, conselheiro vitalício e ex-assessor da presidência durante a gestão de Andrés Sanchez (entre 2007 e 2011). Niki procurou o Corinthians alegando ter sido passado para trás pela dupla, que teria ficado com o seu dinheiro. O imbróglio faz com que Alyson não tenha contrato profissional com o clube até hoje.

O LANCE! teve acesso à troca de mensagens entre Barrozo e Helmut Niki, na qual é tratada a forma de pagamento da compra dos direitos de Alyson (três parcelas de 20 mil dólares) e outros detalhes da negociação.

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