Absolvido em 2016, Fagner tem razão para crer que jogará final na Arena

Punido por joelhada em Cueva, Fagner passou por situação semelhante no Brasileiro de 2016. Condenado por entrada em Ederson, conseguiu o efeito suspensivo e foi absolvido<br>

Fagner e Cueva se desentenderam em clássico do último domingo
(Foto: Reprodução TV Globo)

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O Corinthians está preocupado com a possibilidade de não poder contar com Fagner na finalíssima do Paulista, domingo, contra a Ponte Preta, em Itaquera. O lateral foi julgado nesta terça-feira pelo Tribunal de Justiça Desportiva por joelhada em Cueva e condenado a um jogo de gancho, enquanto o meia são-paulino recebeu apenas uma advertência. Porém, um caso recente envolvendo o próprio lateral alvinegro dá motivo para a Fiel confiar que ele jogará a decisão. 

Em agosto de 2016, na vitória do Corinthians por 4 a 0 sobre o Flamengo, válida pela 13ª rodada do Brasileiro, Fagner deu uma entrada dura em Ederson. O meia sofreu uma grave lesão no joelho, precisou passar por cirurgia e ainda não retornou aos gramados - o lance ocorreu há nove meses. O árbitro Heber Roberto Lopes sequer assinalou a falta do corintiano. Tanto Fagner quanto Heber foram denunciados pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).

O lateral foi enquadrado no artigo 254 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (praticar jogada violenta) e pegou um jogo de suspensão, enquanto Heber foi incurso nos artigos 259 (deixar de observar as regras da modalidade) e 266 (deixar de relatar as ocorrências disciplinares da partida) e pegou 20 dias de gancho. Fagner cumpriria a pena na partida contra o Grêmio, mas ambos entraram com pedido de efeito suspensivo e foram atendidos pelo STJD. O julgamento do recurso absolveu tanto o jogador quanto o árbitro. 

Desta vez, Fagner e Cueva foram enquadrados no artigo 250, resumido por "ato desleal ou hostil". O lance ocorreu no jogo de volta da semifinal do Paulistão, na Arena. Os jogadores se estranharam no início do segundo tempo. Cueva tentou desferir uma cabeçada e um tapa em Fagner, mas não o atingiu. O lateral alvinegro revidou com uma joelhada na parte posterior da coxa do são-paulino. O lance não foi citado pelo árbitro na súmula.

Porém, não é apenas o precedente do ano passado que dá esperança ao advogado do Corinthians, João Zanforlin. Ele afirmou que o resultado da votação (dois dos cinco votos pediam que Fagner e Cueva fossem apenas advertidos), o fato de o lance não ter sido citado na súmula - a denúncia se deu por meio das filmagens da partida - e o retrospecto de pedidos de efeito suspensivo acatados dão margem para acreditar que Fagner poderá jogar em Itaquera. 

- Houve dúvida dos auditores, e ela sempre deve militar a favor do réu. Além disso, futebol não pode ficar sujeito a decisões que não ocorrem dentro do campo. A arbitragem tem a palavra máxima, e se Fagner não foi punido dentro de campo, não tem que ser punido fora. Se as imagens valerem, a Copa de 86 tem que ser anulada por causa do gol de mão do Maradona - disse Zanforlin. 

De acordo com os especialistas em direito desportivo da Academia LANCE!, o fato de a pena ter sido branda - apenas um jogo - e a possibilidade de Fagner perder uma partida de grande importância como a final também contam a favor do Timão para que o pedido de efeito suspensivo seja acatado. Há, portanto, motivos para Corinthians e o técnico Fábio Carille ficarem otimistas.

Embora conte com boa vantagem na decisão por ter vencido o jogo de ida por 3 a 0 no Moisés Lucarelli, perder Fagner traria mais uma dor de cabeça para o técnico corintiano. Isso porque o Timão já não poderá contar com o meia Rodriguinho e o volante Gabriel, suspensos automaticamente por terem recebido o terceiro cartão amarelo em Campinas.

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