CEP é contra chegadas de Yaya Touré e Mikel no Botafogo: ‘Prioridade deve ser pagamento de salários’

Vice-presidente geral do Alvinegro afirma que não faria outra contratação de grande impacto e que clube deve sentir baque financeiro pelas cotas de televisão e o coronavírus

Carlos Eduardo Pereira - Botafogo
Carlos Eduardo Pereira foi presidente do Botafogo entre 2015 e 2017 (Foto: Vítor Silva/Botafogo)

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Nem todas as pessoas dentro do Botafogo são favoráveis à ideia da chegada de mais um astro de calibre mundial. Carlos Eduardo Pereira, por exemplo, é uma delas. Em entrevista ao "Canal do Nicola", na última terça-feira, o atual vice-presidente geral do Alvinegro afirmou que o momento do clube não é para buscar outro atleta, e sim resolver as questões internas.

- Isso é mais um assunto do Comitê do Futebol. Na minha opinião pessoal, depois do Honda, não deve haver nenhuma contratação desse montante. A prioridade deve ser pagamento de salários e recolhimento de impostos. Eu não cogitaria nenhuma grande contratação desse porte. Nem Yaya Touré, nem Obi Mikel - afirmou.

O Botafogo vai sentir a pandemia do coronavírus. Com a paralisação das competições estaduais, o clube não vai receber a última parcela das cotas de televisão do Campeonato Carioca. Além disto, o Alvinegro também teve o contrato rompido com o Azeite Royal. Carlos Eduardo Pereira fez um panorama da situação.

- A diferença entre funcionar e a asfixia. O Botafogo, infelizmente, tem um perfil de receita que é extremamente calcado nos contratos da TV, os contratos de patrocínio nós temos poucos. Tivemos a questão do Azeite Royal que acabou rompendo com todos os outros clubes do Rio. Era nosso patrocinador master - analisou o dirigente.

O dirigente relembra que, assim como acontecia durante a sua gestão como presidente - entre 2015 e 2017 -, a maior parte da receita do Botafogo vem dos contratos com a Rede Globo.

- Nossa renda ficou concentrada na TV. A Globo já deixou claro que não vai pagar a última parcela do Carioca, provavelmente também não a primeira do Brasileiro. Isso é grave para o Clube. (A Cota de TV) Continua na mesma dependência do que era quando entramos no clube, algo em torno de 70%, 80% - completou.

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