Vasco divulga balanço financeiro e aponta redução de cerca de R$ 100 milhões em dívidas

Cruz-Maltino divulgou números em seu site oficial nesta terça-feira. Balanço também aponta para um superávit de cerca de R$ 120 milhões

Evento Vasco da Gama - Jorge Salgado
Jorge Salgado, presidente do Vasco, em evento. Clube teve superávit (Jorge Perci/ Vasco.com.br)

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O Vasco divulgou nesta terça-feira o balanço financeiro de 2021. Os números apontam que o clube diminuiu sua dívida em cerca de R$ 100 milhões e teve um superávit de R$ 120 milhões no período. O documento também destaca, entre outros pontos, a negociação para a venda da SAF para o grupo 777 Partners

Apesar dos números positivos, a direção se desculpou por não ter atingido o principal objetivo da temporada passada: o acesso à Série A. O Cruz-Maltino vê "avanços financeiros notáveis" e informa ter reduzido os gastos com funcionários em cerca de R$ 60 milhões. A dívida total do clube hoje é de R$ 709 milhões, segundo o documento. O Vasco afirma ainda que tal quantia está com "tendência declinante" ao informar o cenário no mês de abril.

Confira abaixo a nota divulgada pelo Vasco:

O Club de Regatas Vasco da Gama publicou hoje no site oficial seu demonstrativo financeiro do exercício 2021, que aponta avanços importantes na recuperação financeira do clube, com uma redução na sua dívida de quase R$ 100 milhões, mesmo em um ano marcado pelas contingencias geradas pela pandemia da COVID-19, e terminando em 31 de dezembro de 2021 com um superávit nas contas de R$ 120 milhões.

Na carta de apresentação do balanço o presidente Jorge Salgado registra o desapontamento da administração com o não atingimento do principal objetivo de 2021, que era o acesso à Serie A do Campeonato Brasileiro. Contudo, as demonstrações financeiras apontam que clube avançou em áreas estratégicas com a implantação de uma profunda reestruturação administrativa que garantiu uma redução de gastos com funcionários em mais de R$ 60 milhões no ano, a captação de R$ 34 milhões a baixo custo para regularizar o fluxo de caixa no primeiro semestre, principalmente para quitar salários atrasados e fornecedores, reduzindo as despesas financeiras em 2021 em mais de R$ 10 milhões.

Além disso, o clube conseguiu aumento da receita na venda de atletas: R$ 30 milhões a mais que em 2020. Renegociação da dívida tributária, incremento de quase 80% no valor dos patrocínios da camisa, além de aumento de valores arrecadados com licenciamentos e plataformas digitais.

E um dos pontos de destaque foi o equacionamento das dívidas cíveis e trabalhistas através do RCE (Regime Centralizado de Execução), o que impede o Vasco de ter penhoras e bloqueios judiciais desde que deposite mensalmente 20% de sua receita corrente mensal em juízo. Essa dívida vinculada ao RCE pode ser paga em seis anos, podendo ser prorrogada por mais quatro, desde que o clube pague 60% do total no prazo inicial. Vale ressaltar que o trabalho feito em conjunto dos departamentos financeiro e jurídico, reduziu a dívida de curto prazo do Vasco de R$ 319 milhões para R$ 203 milhões, bem mais próximo da receita projetada para o período, que é de R$ 180 milhões.

Marcos importantes também foram atingidos nas áreas de Patrimônio, Marketing, Responsabilidade Social, Esportes Olímpicos, Futebol de Base e Comunicação. Dentre eles cabe destacar as reformas emergenciais do Estádio de São Januário e das sedes da Lagoa e Calabouço, a implantação de 3 novos campos de futebol no CT da Base e um novo CT para o futebol feminino, a construção do Espaço Experiência em São Januário para valorizar as conquistas e história do clube, a inauguração de novo estúdio, ampliação da programação e consolidação da VascoTV como referência em TVs de clubes de futebol, os resultados esportivos no futebol de base e nos esportes olímpicos e paraolímpicos e o aprimoramento no atendimento ao associado nas plataformas digitais e na secretaria do clube.

O conjunto de todas essas ações e iniciativas fez com que o Vasco obtivesse um resultado positivo em seu balanço patrimonial de 2021. Apesar das perdas em direitos de TV por conta do rebaixamento à Série B e da queda de arrecadação com programas de sócios e receitas de bilheterias (quase inexistentes por conta da Covid-19), o clube fez sua parte cortando custos administrativos e melhorando a produtividade para alcançar um resultado econômico financeiro líquido final com um superávit de R$ 120 milhões. Para o ano de 2022 a administração aponta as perceptivas de criação da SAF como a solução definitiva para a equalização da dívida e, o mais importante, a recuperação de capacidade de investimento no futebol para garantir que o Vasco da Gama volte a ser protagonista no cenário nacional e internacional.

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