Pacificado, mas com planejamento falho: Vasco vive ano para esquecer

Problemas políticos e troca de treinadores resultam em temporada confusa dentro de campo. Departamento Médico segue cheio e técnico precisa improvisar na última rodada

Eurico e Campello
Caos político tomou conta de boa parte do ano do Vasco (David Nascimento)

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Há exatamente um ano, o Vasco se classificava para a Libertadores e deixava a torcida esperançosa de um 2018 bem mais produtivo que o histórico recente do clube. Agora, faltando apenas um jogo para o fim da temporada, a empolgação torna-se mais uma vez decepção e a frustração de que o drama permanecerá. Os problemas administrativos e a falta de planejamento, mais uma vez, fazem o clube novamente brigar contra o rebaixamento até dezembro. O LANCE! analisa.

Entre mudanças de técnico, dirigentes e um conturbado clima político, a montagem do elenco apresentou falhas durante toda a temporada. E foi prejudicada pelo caótico departamento médico, repleto de jogadores desde o início do ano. Neste momento, por exemplo, são oito atletas sem condições de atuar no jogo que define a permanência na primeira divisão - no mínimo.

As escolhas de contratações também foram prejudicadas com as mudanças internas. O dirigente Paulo Pelaipe foi demitido com a chegada PC Gusmão, a pedido de Jorginho, que entrou no lugar de Zé Ricardo e saiu meses depois. Com Alberto Valentim, alguns atletas até mudaram de posição e cria dúvidas contra o Ceará: o treinador vê Fabrício como meia e terá que improvisar um jogador na lateral, já que Henrique e Ramon estão lesionados.

Diante de tantas lacunas não preenchidas na temporada, o Vasco joga a vida contra o Ceará neste domingo precisando de um empate. Uma possível queda seria fruto de um planejamento mal feito, mas que pode ser revertido em 2019 caso o time espante o fantasma do rebaixamento neste domingo. 

DM lotado
Desde janeiro, o time sofre com algumas lesões graves e várias menos intensas. O volante Marcelo Mattos, por exemplo, nem jogou durante todo ano. O zagueiro Breno, teoricamente titular, entrou em campo apenas oito vezes. Rildo, Vinícius Araújo, Ramon, Lenon, Werley, Bruno Silva e Rafael Galhardo também passaram grande parte do ano no Departamento Médico.

Crise política
As eleições de dezembro passado ainda não terminaram. Durante o ano, a Justiça determinou algumas vezes que um novo pleito aconteceria - mas em todas as vezes houve reviravolta nos tribunais. De qualquer forma, a presidência gastou tempo precioso focado em brigas internas em vez de encontrar soluções para o clube.

Elenco remendado
Com três treinadores diferentes no ano e duas diretorias de futebol, o elenco acabou desequilibrado: são três laterais-direito de origem (Rafael Galhardo, Lenon e Pikachu), mas quem atua na posição é um zagueiro improvisado(Luiz Gustavo). Na meia, Thiago Galhardo e Giovanni Augusto são os nomes do setor, mas foram reservas na maior parte do ano. O lateral Fabrício mudou de função com Valentim e é meia e o volante Willian Maranhão pode ser o lateral-esquerdo no jogo decisivo da temporada.

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