Meias não se entendem e 'jogo de xadrez' de Jorginho acaba engessado
Dupla formada por Wagner e Giovanni Augusto não encaixa da forma esperada e Vasco tem dificuldades em dominar o campo ofensivo. Yago Pikachu também sai devendo

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A vitória vascaína em São Januário não veio por poucos minutos. Até os acréscimos, o gol de Andrés Rios garantiria os três pontos no clássico contra o Fluminense - mas Pedro empatou no fim. O resultado não foi dos piores, mas, de certa forma, mascarou alguns problemas ofensivos do time de Jorginho. Principalmente pelo conflito entre os meias na armação. O LANCE! analisa.
Fora de casa, o Tricolor de Marcelo Oliveira veio com a clara proposta de contra-atacar e explorar a velocidade de Marcos Junior, Ayrton Lucas e os bons passes de Sornoza e Jadson. Assim, coube ao Vasco propor o jogo, tendo mais posse de bola e tomando a iniciativa das jogadas.
Na teoria, aconteceu. Mas não na prática. O time de Jorginho teve dificuldades em dominar o meio de campo e ficou engessado no primeiro tempo. Muito por conta do trio ofensivo próximo a Andrés Rios, formado por Wagner, Giovanni Augusto e Yago Pikachu.

Enquanto Giovanni buscava o jogo e distribuía pelo meio, Yago Pikachu fazia a ponta-direita em velocidade. Normal, os dois se entendem bem e sabem executar tais funções. Porém, Wagner não tem as mesmas características de um atacante de lado e por vezes conflitou com o camisa 26. Jorginho explica.
- A nossa equipe joga mais no facão do que no mano a mano. Mais um jogo de xadrez, então não tivemos essa característica no primeiro tempo. Não foi pedido para jogar pelo meio. Temos jogadas fortes de facão, viradas de jogo - afirma o treinador.
A falta de encaixe entre os dois meias era nítida. Assim, as jogadas não fluíam com criatividade. Tanto é que os zagueiros tiveram que se virar para fazer lançamentos longos, desafogando a equipe.
- Eu queria trocas de passe mais rápidas, estava muito lenta. O Breno dominava e seguia, seguia, seguia e... ninguém movimentava. Pedi isso e melhoramos no segundo tempo - conclui Jorginho.
Na segunda etapa, com Kelvin em uma das pontas, o time melhorou ofensivamente. Mas só conseguiu marcar em uma falha do goleiro Júlio César, após cruzamento de Henrique. Pouco para um time que treinou durante toda a parada da Copa do Mundo atrás de alternativas no estilo de jogo. A torcida não saiu satisfeita e até vaiou o treinador. Mas, como ele mesmo disse, 'basta uma vitória no próximo jogo para tudo mudar'.
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